sexta-feira, 30 de maio de 2014

É o natural

«Quando reconheço ter caído nalguma falta, concordo que fiz mal e digo:“é o meu natural, só isto é que sei fazer”;se não faltei em nada, dou graças a Deus e confesso que foi porque Ele me ajudou.»

Frei Lourenço da Ressurreição | 1614 – 1691 A prática da presença de Deus. IV, 3

Firme e Feliz

"Quando te sintas triste porque não te sucedeu o que o teu coração queria, mantém-te firme e feliz.
Deus está a pensar em algo melhor para ti"

Papa Francisco

terça-feira, 27 de maio de 2014

Fortalecer-nos de humildade

«Não nos queixemos de temores,
nem nos desanime o ver fracos os nossos esforços e natureza,
mas procuremos fortalecer-nos de humildade
e entender o pouco que podemos por nós mesmas
e que, se Deus não nos favorece,
não somos nada.»

Santa Teresa de Jesus | 1515 – 1582
Conceitos de Amor de Deus

Jesus em Getsemani

«[Jesus] saiu então e foi (…) para o Monte das Oliveiras. E os discípulos seguiram também com Ele» (Lc 22, 39).

Quando chega a hora marcada por Deus para salvar a humanidade da escravidão do pecado, Jesus retira-Se aqui, no Getsémani, ao pé do Monte das Oliveiras. Encontramo-nos neste lugar santo, santificado pela oração de Jesus, pela sua angústia, pelo seu suor de sangue; santificado sobretudo pelo seu «sim» à vontade amorosa do Pai. Quase sentimos temor de abeirar-nos dos sentimentos que Jesus experimentou naquela hora; entramos, em pontas de pés, naquele espaço interior, onde se decidiu o drama do mundo.

Naquela hora, Jesus sentiu a necessidade de rezar e ter perto d’Ele os seus discípulos, os seus amigos, que O tinham seguido e partilhado mais de perto a sua missão. Mas o seguimento aqui, no Getsémani, torna-se difícil e incerto; prevalecem a dú
vida, o cansaço e o pavor. Na rápida sucessão dos eventos da paixão de Jesus, os discípulos assumirão diferentes atitudes perante o Mestre: de proximidade, de distanciamento, de incerteza.

Será bom para todos nós –
bispos, sacerdotes, pessoas consagradas, seminaristas – perguntarmo-nos neste lugar: Quem sou eu perante o meu Senhor que sofre?

Sou daqueles que, convidados por Jesus a velar com Ele, adormecem e, em vez de rezar, procuram evadir-se fechando os olhos frente à realidade?

Reconheço-me naqueles que fugiram por medo, abandonando o Mestre na hora mais trágica da sua vida terrena?

Porventura há em mim a hipocrisia, a falsidade daquele que O vendeu por trinta moedas, que fora chamado amigo e no entanto traiu Jesus?

Reconheço-me naqueles que foram fracos e O renegaram, como Pedro? Pouco antes, ele prometera a Jesus segui-Lo até à morte (cf. Lc 22, 33); depois, encurralado e dominado pelo medo, jura que não O conhece.

Assemelho-me àqueles que já organizavam a sua vida sem Ele, como os dois discípulos de Emaús, insensatos e de coração lento para acreditar nas palavras dos profetas (cf. Lc 24, 25)?
Ou então, graças a Deus, encontro-me entre aqueles que foram fiéis até ao fim, como a
Virgem Maria e o apóstolo João? No Gólgota, quando tudo se torna escuro e toda a esperança parece extinta, somente o amor é mais forte que a morte. O amor de Mãe e do discípulo predileto impele-os a permanecerem ao pé da cruz, para compartilhar até ao fundo o sofrimento de Jesus.

Reconheço-me naqueles que imitaram o seu Mestre e Senhor até ao martírio, dando testemunho que Ele era tudo para eles, a força incomparável da sua missão e o horizonte último da sua vida?

A amizade de Jesus por nós, a sua fidelidade e a sua misericórdia são o dom inestimável que nos encoraja a continuar, com confiança, a segui-Lo, apesar das nossas quedas, erros e traições.

Todavia esta bondade do Senhor não nos isenta da vigilância frente ao tentador, ao pecado, ao mal e à traição que podem atravessar também a vida sacerdotal e religiosa. Sentimos a desproporção entre a grandeza da chamada de Jesus e a nossa pequenez, entre a sublimidade da missão e a nossa fragilidade humana. Mas o Senhor, na sua grande bondade e infinita misericórdia, sempre nos toma pela mão, para não nos afogarmos no mar do acabrunhamento.

Ele está sempre ao nosso lado, nunca nos deixa sozinhos. Portanto, não nos deixemos vencer pelo medo e o desalento, mas, com coragem e confiança, sigamos em frente no nosso caminho e na nossa missão.

 (...)

Imitemos a Virgem Maria e São João, permanecendo junto das muitas cruzes onde Jesus ainda está crucificado. Esta é a estrada pela qual o nosso Redentor nos chama a segui-Lo. Não há outra, é esta.

«Se alguém Me serve, que Me siga, e onde Eu estiver, aí estará também o meu servo» (Jo 12, 26).


Papa Francisco, 26-5-2014 Jerusalém Igreja de Getsemani

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Permancei em mim

«”Permanecei em Mim”.
É o próprio Verbo de Deus que dá esta ordem,
e que exprime esta vontade.
Morai em Mim,
não por alguns instantes, algumas horas que têm de passar,
mas «morai...»
num modo permanente, habitual.
Permanecei em Mim,
orai em Mim,
adorai em Mim,
amai em Mim,
sofrei em Mim,
trabalhai,
agi em Mim.
Permanecei em Mim
quando vos apresentardes a qualquer pessoa
ou fizerdes qualquer coisa,
penetrai sempre cada vez mais nesta profundidade.
Esta é, então, verdadeiramente, a “solidão, a que Deus quer atrair a alma para lhe falar”, como cantava o profeta.

Beata Isabel da Trindade | 1880 - 1906
O Céu na terra. Primeiro dia, 3

Honra tua Mãe !

«Honra muito a Maria.
É tua Mãe;
e é tão boa e carinhosa
que jamais deixará de velar por ti.»

Santa Teresa dos Andes | 1900 - 1920
Carta 147

sábado, 17 de maio de 2014

Sacrificarmo-nos a Ele

«Devemos crer, sem nunca duvidar,
que é vantagem para nós e agradável a Deus,
sacrificarmo-nos a Ele;
que é próprio da Sua divina Providência
abandonar-nos a toda a espécie de estados,
a sofrer toda a sorte de penas, misérias e tentações
por amor de Deus
e isto durante o tempo que Lhe apraz,
porque sem essa submissão do coração e do espírito
à vontade de Deus,
a devoção e a perfeição não podem subsistir.»

Frei Lourenço da Ressurreição | 1614 - 1691
A prática da presença de Deus. VII, 3

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Como anda a oração na minha vida ?

"Somente se formos capazes de entrar no seu mistério poderemos conhecer Jesus, “sem medo”: Podemos hoje, durante o dia, pensar em como anda a porta da oração na minha vida: mas a oração do coração, não a do papagaio!
Como anda a celebração cristã na minha vida?
E a imitação de Jesus? Como imitá-Lo? 
Papa Francisco. 
Homilia na Casa de Santa Marta, 16 de Maio de 2014

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Jesus procura outro Céu na Eucaristia

«Não é para ficar no cibório de ouro que Jesus desce todos os dias do Céu, mas para encontrar outro Céu que Lhe é infinitamente mais caro que o primeiro: o Céu da nossa alma, feita à Sua imagem, o templo vivo da adorável Trindade!...»

Santa Teresa do Menino Jesus | 1873 - 1897 Manuscrito A, 48vº

Pedir a Fortaleza ao Espírito Santo


sexta-feira, 9 de maio de 2014

A santidade exige a doação sacrificada em cada dia

"A santidade exige a doação sacrificada em cada dia;

Por isso o matrimônio é uma via mestra para tornar-se santo".

Papa Francisco Tweet de 8/05/2014

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Coragem na luta

"Queixas-te daquilo que te devia dar a maior felicidade.
Onde estaria o teu mérito se tivesses que lutar apenas quando sentisses coragem?
O que conta é quando não tiveres nenhuma, mas agires como se tivesses!" --

Sta Teresinha do Menino Jesus
Counseils et Sourvenirs

Vive como acreditas !

«Se vivamente acreditas, vive conforme acreditas.»



Beata Maria Cândida da Eucaristia | 1884 - 1949 Novene, Pensieri, Poesie, 22

Que o Espírito Santo nos ilumine o obstáculo que devemos ultrapassar

«Rezemos para que o Espírito Santo nos ilumine
e nos dê a luz e que necessitamos,
que Ele ilumine o caminho que devemos tomar,
o obstáculo que devemos ultrapassar.»

Venerável Pe. Maria-Eugénio do Menino Jesus | 1894 - 1967 Homilias e Conferências, 17.08.1957

A imagem e a cruz em cima da mesa

"O amor é criativo, procura formas de ter a pessoa amada presente. Assim fazia D. Álvaro na sua intimidade mariana, de acordo com tantas sugestões do Fundador do Opus Dei. À hora de trabalhar, ensinava S. Josemaria, empregai alguns recursos humanos, sinais que vos sirvam de despertadores da presença de Deus. Eu faço isso e resulta 10. Aconselhava-nos a trazer no bolso um pequeno crucifixo para o beijar nalguns momentos do dia, a pôr sobre a mesa de trabalho uma imagem do Senhor ou da Virgem Maria. De vez em quando olho para ele, dizia, lembro-me do Senhor e ofereço-Lhe tudo. É como se tivesse um retrato do meu pai ou da minha mãe ao alcance dos olhos. Mais, muito mais: porque é meu Pai, meu Deus, meu Amigo e o Amor dos meus amores 11.

Até ao fim do seu caminhar terreno, D. Álvaro serviu-se desses recursos humanos: lembretes para progredir nas suas manifestações de amor à Virgem Maria.
Por exemplo, nos anos marianos a que acabo de aludir, colocava cada dia uma pagela diferente da Mãe de Deus no escritório onde trabalhava, para a olhar com afeto e lhe dizer mais jaculatórias".

10. S. Josemaria, Notas de uma reunião familiar, 30-III-1974.
11. S. Josemaria, Notas de uma reunião familiar, 30-III-1974.

In Carta Pastoral de D. Javier Echevarria, Bispo, em  Maio de 2014

Doce Mãe Vem comigo a todo o lado

"Também D. Álvaro aprendeu com os pais, como acontece em tantas outras famílias cristãs, a tratar Nossa Senhora com carinho filial.
Rezava em cada dia uma oração que aprendera com a mãe:
Doce Mãe, não te afastes /
O teu olhar de mim não apartes, /
Vem comigo a todo o lado /
E só nunca me deixes. /
Já que me proteges tanto/ como verdadeira Mãe /
Faz que me bendiga o Pai, /
o Filho e o Espírito Santo. "

In Carta Pastoral de D. Javier Echevarria, Bispo, de Maio de 2014

As flores do mês de Maio a Maria



"Muitos de vós conheceis a tradição – até a tereis vivido pessoalmente – de bastantes cristãos que, ao longo deste mês, procuram oferecer flores a Nossa Senhora: essas pequenas flores dos nossos propósitos, essas violetas humildes e escondidas que apanhamos ao longo do dia 2.

São os ensinamentos que o nosso Padre continuamente nos transmitiu. Desde sempre nos garantiu que a nossa vida se pode comparar, sendo nós homens duros e fortes, à de um miúdo pequeno a quem levam a passear pelo campo tereis visto tantas vezes a cena e apanha uma florinha aqui, outra ali e outras… Flores pequenas e simples, que passam despercebidas aos adultos, mas que ele, como é criança, vê, e junta-as até fazer um ramalhete, para oferecer à mãe, que olha para ele com ternura 3.

(...)
D. Álvaro concretizava: «Que flores vamos levar à nossa Mãe, neste mês de maio? Transmito-vos o conselho do nosso Fundador, que sempre nos ensinou a pôr em prática, quando nos recomendava que oferecêssemos a Maria rosas pequenas, as da vida corrente, comuns, mas cheias do perfume do sacrifício e do amor
. Tentaremos assim viver com mais vontade – mais amor – os nossos deveres de cada
momento: na fidelidade aos compromissos divinos que nos unem a Deus e à Obra, na santa preocupação pelos nossos irmãos e por todas as almas, no cumprimento das obrigações próprias do estado de cada um, na realização de um trabalho profissional exigente e ordenado» 8.



2. S. Josemaria, Notas de uma meditação, 19-III-1958.
3. S. Josemaria, Carta 24-III-1930, n. 13.
8. D. Álvaro, Carta, 1-V-1984. A citação de S. Josemaria corresponde à sua oração pessoal na
Villa de Guadalupe, a 20 de maio de 1970.

Carta Pastoral de D. Javier Echevarria de Maio de 2014

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Meu Deus, Meu Deus, porque me abandonaste ?

"(...) não é certamente excecional, mesmo para aqueles que têm uma fé profunda, passar por provas semelhantes, como se estivessem a participar no doloroso mistério do processo da morte de Cristo que podemos apenas vislumbrar no seu grito na cruz : "Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?"- grito esse que só um dos evangelistas teve a coragem de registar"

Paciência com Deus. Tomas Halik. Paulinas. Pág. 62

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Trabalhar com espírito de penitência

Glorioso São José, modelo de todos os que se dedicam ao trabalho, obtende-me a graça de trabalhar com espírito de penitência para expiação de meus numerosos pecados; de trabalhar com consciência, pondo o culto do dever acima de minhas inclinações; de trabalhar com recolhimento e alegria, olhando como uma honra empregar e desenvolver pelo trabalho os dons recebidos de Deus; de trabalhar com ordem, paz, moderação e paciência, sem nunca recuar perante o cansaço e as dificuldades; de trabalhar sobretudo com pureza de intenção e com desapego de mim mesmo, tendo sempre diante dos olhos a morte e a conta que deverei dar do tempo perdido, dos talentos inutilizados, do bem omitido e da vã complacência nos sucessos, tão funesta à obra de Deus!
Tudo por Jesus, tudo por Maria, tudo à vossa imitação, ó Patriarca São José!
Tal será a minha divisa na vida e na morte. Amém
 
Oração de S.Pio X

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