quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

O valor da mortificação

"Nós não podemos estar só sujeitos ao que nos apetece e às coisas que são do nosso gosto.
Temos de pensar também no bem dos outros.
O Papa di-lo na encíclica sobre a esperança: quando eu não ponho o meu bem-estar à frente do bem dos outros, isso significa que tenho de enveredar por um caminho de sofrimento.
O bem dos outros implica, por vezes, que eu prescinda dos meus gostos para ir em seu auxílio.
A mortificação é a identificação com Cristo, que deu a sua vida por nós de forma voluntária.

(A mortificação deve ser) vista como oração.
Nas aparições de Fátima, Nossa Senhora pediu aos pastorinhos que rezassem e oferecessem sacrifícios pelos pecadores. Isto significa padecer por elas, pelas pessoas que estão longe de Deus.
Quando me sacrifico, uno--me à paixão de Cristo pela conversão dos pecadores"


Padre Rafael Espírito Santo

Transbordar Deus

"É preciso criar uma relação pessoal com Deus através da oração e da participação nos sacramentos.
E é preciso que esses momentos sejam de verdadeiro encontro com Deus e não meros rituais. Daí transborda um modo de estar que permite a descoberta de que Deus está em tudo.
Por exemplo, no trabalho. O trabalho é algo que Deus me pede e é a vocação primordial do ser humano.
Também a vida familiar e a esfera do amor humano são reflexo do amor divino.
Amar é olhar para os outros com os olhos de Deus.
Do encontro com Deus – e o Papa diz isto na primeira encíclica –, aprendo a amar a pessoa que não conheço e também aquela que não me agrada. Os outros são uma manifestação do amor de Deus e levam- -me a Deus".


Padre Rafael Espírito Santo

A oração não nos impede de viver

"Quando há a descoberta de que quando se abre o coração a Deus Ele nos ajuda a perceber como enfrentar os desafios da vida, a pessoa começa a rezar cada vez mais. E penso que hoje em dia há muita gente a fazer esta descoberta.
E depois há que perceber que a oração não nos impede de nos dedicarmos às outras coisas da vida.
"

Padre Rafael Espírito Santo

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Sobre a dificuldade em viver a castidade

Is it difficult to be chaste?
Of course!
God made us with sexual desires that sometimes feel like the fireworks of 4th of July going off inside us. Does that mean you have to lose all passion if you live a chaste lifestyle? Heck no! The world around us says, “Well, you’re an animal, go indulge in those sexual desires however you please.”
That’s like telling hungry people to gorge themselves with as much candy and syrup as possible. Buddy the Elf could would like that, be we would get sick to our stomachs after a while.
Reminds me of the scripture that says, “They promise them freedom, though they themselves are slaves of corruption, for a person is a slave of whatever overcomes him” (2 Peter 2:19).
But what’s our other option? Do we have to become stoic puritans and shove our desires deep down inside, pretending we don’t have any? Of course not! That’s like telling a hungry person to starve. There is another way, a perfect way.

Our passions and desires can be used for evil or for good, for Hell or for Heaven, for selfishness or for selflessness, for sin or with virtue.
It’s very easy to use our passions of ANGER, PRIDE and LUST however we want. But is this Christian? Of course not.
The Catechism of the Catholic Church (CCC) says, “Emotions and feelings can be taken up into the virtues or perverted by the vices” (1768). It is much more difficult to have self-control with our passions, especially when someone cuts you off in traffic and you want to be ANGRY, or when someone criticizes you and you want to retort back with sarcastic PRIDE, or you are in the passion of the moment with someone you’re attracted to and are tempted to LUST. Our religion is not one that tells us to do whatever we want, but challenges us to die to ourselves, so we may rise with Christ (see Gal 2:20). Patience, humility, and love are difficult, but Heaven is worth it.

We have a choice. Our feelings, emotions, passions and desires can either dominate and have power over us (which is called “slavery to sin,” because we aren’t actually free to choose love and good),
OR we can have power over them (which is called “slavery to righteousness”).
The GOOD NEWS is that it IS possible. I know this myself, since from 8th grade I made a decision never to get drunk or have sex, and now am 27-years old and have stuck to these things. I DID NOT do this on my own. Only by the grace of God, through prayer, and through accountability of community, have my desires been transformed (and are still be transformed). Saying “no” to PRIDE, I am able to grow in humility. Saying “no” to ANGER, I am able to grow in patience. Saying “no” to LUST, I am able to grow in love. All your “no’s” allow you to say even greater “YES’s!” With God, ALL things are possible, even our corrupted desires becoming holy and new! If you’ve made A LOT of mistakes in your past, know it’s possible to be made new in Christ and start saying “Yes” to Him!
Be passionate for God. Long for Him alone. “Delight in the Lord and He will give you your heart’s desires” (Psalm 37:4).


Jackie François

O jejum no advento

Até ao Concilio Vaticano II a Igreja recomendava jejum e abstinência para a véspera da véspera de Natal. O contraste com os dias de hoje é brutal. Qualquer bom Cristão esta semana já teve meia duzia de almoços ou jantares de Natal, trocou presentes, enviou e recebeu sms, mensagens de facebook, para além dos incontáveis mails.

Seria bom conseguir contrariar as distrações e procurar viver pelo menos um dia do Advento sem a pressão do imediato, sabendo que o jejum não é um fim em si mesmo, mas o sinal exterior de uma realidade interior que está no nosso compromisso em procurar viver o Evangelho. Advento que como nos recorda o P.Tolentino, é tempo de procura, de inconformismo, até de imaginação para que o amor, o bem, a beleza possam ser realidades e não apenas desejos para escrever num cartão.

O Papa ensina-nos que «Privar-se do alimento material que nutre o corpo facilita uma disposição interior a escutar Cristo e a nutrir-se de sua palavra de salvação» e assegura que com esta prática, junto com a da oração, nós «lhe permitimos que venha saciar a fome mais profunda que experimentamos no íntimo de nosso coração».

Por outro lado o tem ainda um significado social pois ajuda-nos a tomar consciência da situação na qual vivem muitos de nossos irmãos».

Pedro Pestana Bastos

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Bispo do Algarve alerta para necessidade de viver a caridade

o bispo do Algarve lembrou que “o amor ao próximo é dimensão imprescindível do amor a Deus” e que “sem o amor a Deus, o serviço ao próximo pode ser uma filantropia que muita gente tem”. “Só o serviço ao próximo abre os meus olhos para aquilo que Deus faz e para o modo como Ele me ama”, sustentou.

O prelado advertiu também que a “verdade da participação” dos católicos na Eucaristia passa pelo modo como tratam os outros e acolhem o próximo. “É o amor ao próximo que torna verdadeira a minha participação na Eucaristia”, complementou o prelado, lamentando a falta de compromisso de muitos. “Tanta gente vive só de ritos e de rituais e, depois, não há resposta na vida”, criticou
Citando João Paulo II (na Carta Apostólica ‘Novo Millennio Ineunte’), referiu-se à “fantasia da caridade”. “A caridade é muito criativa, dá-nos força para ajudar de maneiras diferentes”,

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Ai daqueles que nas suas camas intentam a iniquidade

"Ai daqueles que na suas camas intentam a iniquidade, e maquinam o mal"
Miqueias, capítulo 2

Também no período de descanso, de sono, o homem pode pecar e é um pecado ainda mais intenso porque é praticado antes do dia nascer.
Já antes do dia nascer, o homem, pela noite, peca.
Por isso, Deus, através do profeta Miqueias diz "Ai desses".
Razão, por isso, para quantos gostam de aspergir o seu leito com salpicos de água benta e enfrentam a noite com espírito de humildade e temor a Deus.
Pelo contrário, usar a noite que é a preparação do dia para louvar o Senhor, com atos de contrição e pedidos de ajuda para a manhã que se seguirá.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O advento de Alfred Delp

Alfred Delp, mártir alemão da II Grande Guerra Mundial, Padre Jesuíta escreveu, no Natal de 1943, na prisão, uma meditação sobre o advento eivada de fé, esperança e amor.

Vale a pena meditar na profundidade e alcance desse texto.

Aqui, em inglês.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Caridade, mortificação e apostolado

Se por qualquer razão, viver a caridade com alguém ou a propósito de alguma coisa, custar de um forma mais acentuada, lembrar-nos que esse sacrifício pode ser entregue por intenção da conversão das almas e pelos frutos do apostolado.

Essa luta pela caridade poderá ser uma ocasião a aproveitar para que nos treinemos para outras lutas e pela eficácia apostólica das nossas acções.

O mandato de Cristo

Uma forma eficaz de compreendermos a importância e a necessidade diária de cuidar os pormenores de serviço e caridade pode resultar daquilo que o próprio Jesus Cristo nos disse:
- "Sempre que fizerem isto a um destes pequeninos a mim o fizestes"

Por outro lado, Jesus Cristo é também muito taxativo e claro quando, no final da sua vida terrena, nos diz

"Dou-vos um mandato novo: Que vos ameis uns aos outros, assim como Eu vos amei" e Cristo amou-nos até à morte e morte de cruz.

Assim, torna-se claríssimo o que Deus nos pede em cada momento do nosso dia-a-dia.

Cuidar a caridade 1º em casa, com a família

"(...) aprendam estes, antes de tudo, a exercer a piedade para com a sua própria família. (...).
Recorda-lhes, pois, isto para que sejam irrepreensíveis.
Se porventura alguém não tem cuidado com os seus e principalmente dos da sua casa, negou a fé e é pior que um infiel"

1 Timoteo 5, 4-8

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Uma dor boa

"Se já alguma vez arrancaste a crosta de uma ferida, sabes como é. dói que se farta, mas é tão bom vê-la sair !"
Eustace, in "A Viagem do Caminheiro da Alvorada", quando voltou ao seu estado humano.

domingo, 20 de novembro de 2011

Sobre a mensagem do 3º filme de Nárnia

I believe the lesson learnt from this film isn't so much that it's inevitable that good will defeat evil, but that it requires strength of character to overcome personal temptations and triumph over evil, and that this is by no means an inevitability simply because it's what is right

Actor de Edmund Pevensie

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Oração 1º


O deixar-se consumir pela graça e pelo fogo do Amor de Deus faz com que a pessoa tenha uma clara e inequívoca percepção ou visão sobrenatural que, sem oração nada de bom pode fazer.


Santos como S. Nuno de Santa Maria ou S. Thomas Moore tinham claramente essa percepção quando, entre irem de encontro ao seu rei, por motivos humanamente urgentes, e acolherem à Eucarístia optaram pelo encontro com o rei do Céu.

As tribulações purificam o coração do homem

“A acção purificadora de Deus (…) é um caminho que tritura a dureza do coração humano".

Slawomir Biela. Os dois Pilares. Paulus. Pág.126.

Nada querer para si


“É próprio do perfeito amor nada querer para si; nada se atribuir a si mesmo. Tudo querer e atribuir ao Amado.

Isto, que sucede até nos amores entre as criaturas, muito mais se dá no amor de Deus, que, por maior razão, há-de ser mais puro.”

S.João da Cruz. Obras Completas. Cântico Espiritural 32.2. Edições Carmelo

A aridez com migalhas de gratidão


Nos “momentos de aridez, mesmo as mais pequenas migalhas de gratidão podem para Ele ter maior significado do que longas horas outrora passadas em oração emocionada e fervorosa”.

Slawomir Biela. Os dois Pilares. Paulus. Pág.80.

Aproveitar as tentações


“(…) o pecado deitar-se-à à tua porta e andará à espreita” Génesis, 4,7.


Vejam como se limpam os objectos de cobre. Esfregam-se com argila, ou seja, com algo que os suja, que lhes tira brilho mas, depois deste tratamento, brilham como ouro.
Pois bem ! As tentações são para a alma como esta argila, servem para que, na nossa alma, brilhem as virtudes contrária a estas tentações”.
S. Teresa do Menino Jesus.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Apostolado na caridade

Como é possível realizar obras apostólicas ou de proselitismo se, em casa ou no trabalho, com as pessoas que nos estão mais próximas falhamos na caridade e, com isso, incorremos numa violação grosseiríssima do que há de mais elementar na mensagem de N. Sr. Jesus Cristo ?


Como dizia S. José Maria Escrivá de Balaguer, não podemo ser eficazes apostolicamente com os de fora, se não temos um autêntico carinho aos de dentro e, se, ao invés, com estes formos egoístas, susceptíveis e mal humorados.

Tudo tem uma dimensão sobrenatural

"Eu queria que vos convenceis de que tudo o que fazemos- absolutamente tudo ! tem uma dimensão sobrenatural, porque Deus governa ou permite tudo o que sucede"

S. José Maria Escrivá de Balaguer

A caridade mostra-se no serviço, atenção e interesse aos outros

"(...) a caridade mostra-se em actos concretos de serviço aos outros, de atenção, de interesse pelas suas coisas, a começar pelos mais próximos".

D.Javier Echevarria. Bispo.
Carta Pastoral de Novembro de 2011

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Ser santos todos os dias

«(...) peçamos e imploramos para preservar naquilo que começamos a ser, uma vez santificados no batismo.
E peçamos isto em cada dia, pois, de facto, em cada dia estamos necessitados de santificação…
Peçamos para que permaneça em nós esta santificação».
S. Cipriano

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A virtude da mansidão

Existe sempre alguém perto de nós que as vezes nos irrita, existe muitas vezes perto de nós alguém que tenta nos tirar do sério e muitas vezes tenta nos obrigar a tomarmos atitudes que não fazem parte de nossa natureza. Saber viver bem é saber também lidar com estas pessoas, evitando que elas nos dominem com toda sua negatividade.
Do ponto de vista espiritual, a atitude mais correta em relação a essas pessoas é perdoá-las, exercendo paciência e misericórdia.Uma pessoa emocionalmente ajustada, amadurecida é também aquela que aprende a conviver com o inesperado, com as circunstâncias diante das quais nós não temos nenhum tipo de controle. Por isso mesmo, é que presenciamos a violência muitas vezes no trânsito, no trabalho, na família.

A falta de mansidão, a falta de domínio próprio, a falta de controle, leva muitas pessoas a agirem de forma violenta. Mansidão quer dizer ser tranqüilo, não-passivo, mas ter auto-controle.
Por isso a Bíblia é muito clara “os mansos herdarão a terra”. Isso quer dizer, viverão mais e sofrerão menos, terão menos motivos para a ansiedade e por conseguinte serão menos agressivos e menos violentos.
Os mansos aprendem a ver a vida, as coisas, as pessoas com mais praticidade, sob uma ótica diferente, por isso até a sua maneira de falar passa a ser também diferente, com brandura e mel ao invés de violência e fel.
Nossas palavras são sementes que estamos plantando dia após dia, por isso a Bíblia diz:

“A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.” (Provérbios 15:1).

(...)
Sem mansidão não há piedade, sem piedade não há paciência, e sem paciência não há salvação.Da mansidão vem a simpatia, da mansidão vem a bondade, da mansidão vem o cumprimento do amor ao próximo. O Homem prudente é sempre manso de coração, persuade a seu semelhante sem se exaltar, previne os males sem se apaixonar, extingue as lutas com doçura e grava na alma as verdades que soube estudar e compreender

Portanto, manso é aquele capaz de perder uma discussão sem se exasperar. Manso é aquele capaz de discutir um assunto sem perder a calma. Manso é aquele capaz de ser livre de vingança mesmo diante da provocação. Manso é aquele que prefere errar perdoando ao invés de acertar odiando.
(...)
Para facilitar a compreensão podemos dizer que uma pessoa mansa é aquela que coloca a inteligência nas suas emoções.
(...)
Cultive a longanimidade, ou seja, a longa paciência, saiba esperar sem se estressar, ore sobre este assunto. É na presença de Deus que nossas fraquezas desaparecem. Aprenda com as pessoas que são mansas, serenas e controladas emocionalmente. Se esforce para que Deus seja glorificado em suas atitudes e em seu comportamento.


terça-feira, 25 de outubro de 2011

Eucarístia e Caridade

"A caritas, a solicitude pelo outro, não é um segundo sector do cristianismo a par do culto, mas está radicada precisamente nele e faz parte dele.
Na Eucaristia, no partir o pão, estão indivisivelmente ligadas as dimensões horizontal e vertical".
Jesus de Nazaré II, pág. 111
Papa Bento XVI

domingo, 23 de outubro de 2011

O que são os filhos de Deus ?

São "pessoas que andam, como Abrãao, à procura de
deus, pessoas que estão prontas a ouvi-lO e a seguir o seu chamamento; pessoas-poderíamos dizer- em atitude "de advento".


A última ceia é, por sua vez, a "reunião dos filhos de Deus, isto é, de todo aqueles que se deixam convocar por Ele".

Jesus de Nazaré II, página 145.
Papa Bento XVI

Nas tribulações da vida

"(...) nas tribulações da vida, somos lentamente purificados no fogo, podemos por assim dizer tornar-nos pão, na medida em que, na nossa vida e no nosso sofrimento, se comunica o mistério de Cristo e o seu amor faz de nós um dom para Deus e para os homens".

Jesus de Nazaré II
Papa Bento XVI Pág. 195

sábado, 22 de outubro de 2011

Vem, Senhor Jesus

O Papa Bento XVI termina o seu 2º volume da obra "Jesus de Nazaré" com uma referência à Ascenção associando-a também ao Advento.
Diz o Papa que na Ascensão, o partir de Jesus "é precisamente um vir, um modo novo de proximidade, de presença permanente à qual João alia a "alegria", como lemos (...) no Evangelho de Lucas (24, 50-53).
(Cfr. Jesus de Nazaré II, pág. 229).

E remata

"Podemos dizer com sinceridade «Marana tha» (Vinde Senhor Jesus!)?
Sim!
Não só podemos como devemos. Peçamos antecipações da sua presença renovadora no mundo. Em momentos de tribulação pessoal, supliquemos-Lhe: «Vinde, Senhor Jesus e acolhei a minha vinda na presença benigna do vosso poder»
Peça,os-Lhe que acompanhe as pessoas que amamos ou com quem estamos preocupados.
Peçamos-Lhe que Se torne eficazmente presente na sua Igreja.
E porque não pedir-Lhe que nos conceda também hoje testemunhas novas da sua presença, nas quais Ele mesmo Se aproxime de nós ?
E esta súplica (...) traz consigo toda a amplitude daquela oração que Ele mesmo nos ensinou :"Venha a nós o vosso reino!" Vinde Senhor Jesus"


Jesus de Nazaré II, pág. 236

Oração por intermédio do Beato Papa João Paulo II

"`Deus, rico de misericórdia, que escolhestes o beato João Paulo II para governar a Vossa Igreja como Papa, concedei-nos que, instruídos pelos seus ensinamentos, possamos abrir confiadamente o nossos corações à graça salvífica de Cristo, único Redentor do homem.
Ele que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
Amén"

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Damos vinho ou vinagre ao Senhor ?

"Numa colina fértil, Ele plantara uma vinha e dedicara-lhe muitos cuidados «(...) esperava que viesse a dar uvas, mas ela só deu uvas azedas» (Is. 5,2). (...) produz as uvas azedas do homem que se preocupa apenas consigo mesmo; produz vinagre em vez de vinho.
(...) também nós voltamos sempre a responder ao amor carinhoso de Deus com vinagre, com um coração azedo que não quer saber do amor de Deus.
«Tenho sede»- Este brado de Jesus é dirigido a cada um de nós"


Bento XVI
Jesus de Nazaré II, pág. 179.

Sobre a meditação do credo

«O símbolo do santo mistério, que recebestes todos juntos e que hoje proferistes um a um, reúne as palavras sobre as quais está edificada com solidez a fé da Igreja, nossa Mãe, apoiada no alicerce seguro que é Cristo Senhor.
E vós recebeste-lo e proferiste-lo, mas deveis tê-lo sempre presente na mente e no coração, deveis repeti-lo nos vossos leitos, pensar nele nas praças e não o esquecer durante as refeições; e, mesmo quando o corpo dorme, o vosso coração continue de vigília por ele».


Santo Agostinho
Santo Agostinho, Sermo 215, 1.

Confessar a fé com um testemunho de vida credível

"Desejamos que este Ano suscite, em cada crente, o anseio de confessar a fé plenamente e com renovada convicção, com confiança e esperança
(...)
Simultaneamente esperamos que o testemunho de vida dos crentes cresça na sua credibilidade"


Papa Bento XVI
Porta Fidei ponto 9

A Fé actua pelo Amor

A «fé, que actua pelo amor» (Gl 5, 6), torna-se um novo critério de entendimento e de acção, que muda toda a vida do homem (cf. Rm 12, 2; Cl 3, 9-10; Ef 4, 20-29; 2 Cor 5, 17).

Bento XVI
Carta Apostólica Porta Fidei final do ponto nº6.

Trabalhai não pelo alimento que desaparece

Quando, por vezes, podemos cair na tentação de colocar os nossos afazeres profissionais à frente dos compromissos próprios da nossa relação com Deus, talvez seja a hora de meditar nesta frase de Jesus

«Trabalhai, não pelo alimento que desaparece, mas pelo alimento que perdura e dá a vida eterna» (Jo 6, 27).

terça-feira, 18 de outubro de 2011

O amor é a raíz da castidade

"Onde o amor emerge, ele segura todos os outros impulsos e sublima-os em amor."

S.Bernardo de Claraval

Amar é parecer-se com Deus

"Quanto mais o ser humano ama, mais parecido fica com Deus"

You Cat ponto 402

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Porta Fidei

Ano da Fé iniciará em 11 de outubro de 2012, no 50º aniversário de abertura do Concílio Vaticano II, e terminará em 24 de novembro de 2013, Solenidade de Cristo Rei do Universo.

"Será um momento de graça e de empenho para uma sempre mais plena conversão a Deus, para reforçar a nossa fé n'Ele e para anunciá-Lo com alegria ao homem do nosso tempo" disse o Papa Bento XVI

Leia a Carta Apostólica Porta Fidei aqui

sábado, 15 de outubro de 2011

Rezar o Terço com a mente

"O Terço não se pronuncia só com os lábios, mastigando as Ave-Marias umas
atrás das outras. Assim cochicham as beatas e os beatos. Para um cristão, a
oração vocal há-de enraizar-se no coração, de modo que, durante a recitação do
Terço, a mente possa penetrar na contemplação de cada um dos
mistérios".

Sulco. Ponto 477
S. José Maria Escrivá de Balaguer

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Ter Jesus na barca do nosso trabalho

S. Pedro, em várias ocasiões, beneficiou da Graça de ter a presença real de Jesus Cristo na sua barca enquanto trabalhava, isto é, pescava peixes.

No dia a dia do nosso trabalho, deixemos Jesus Cristo entrar na barca do nosso trabalho, deixemos que fique connosco enquanto trabalhamos.

E se assim o fizermos, o nosso trabalho humano produzirá frutos espirituais assim como, com Cristo na barca, S.Pedro beneficiou da pesca milagrosa. Jesus transformará o nosso trabalho num trabalho "milagroso"

domingo, 9 de outubro de 2011

Os frutos do Espírito Santo

"Pelos frutos do Espírito Santo (caridade, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, loganimidade, mansidão, fidelidade, modéstia, sobriedade e castidade Gl. 5,22 ss), o mundo poderá ver em que se torna uma pessoa que se deixa totalmente assumir, guiar e formar por Deus.
Os frutos do Espírito Santo mostram que Deus desempenha um papel real na vida dos cristãos"

You Cat
Ponto 311

A gravidade do pecado venial

"Acabei de produzir uma cinza preciosa: queimei uma nota de 500 euros.
Pois !
Isso é menos mau que cometer um pecado venial"

S.João Maria de Vianney

O sinal da cruz

"Não nos envergonhemos de professar o Crucificado, selemos confiadamente a testa com os dedos, façamos o sinal da cruz sobretudo sobre o pão , a comida e os copos de que bebemos!
Façamo-lo quando vamos e quando vimos, antes de dormir, ao deitarmo-nos e ao levantarmo-nos, quando andamos e descansamos!"

S. Cirílo de Jerusalém

Anunciar através do testemunho

D. Manuel Quintas desafiou os católicos a serem anunciadores a partir do testemunho, “não como donos da palavra mas como servos”. “Temos de falar a partir da vida e não apenas como alguém que escuta e transmite e não aproveita nada para si mesmo. O verdadeiro apóstolo evangelizador é o que testemunha a sua vida”,

Assembleia Diocesana da Igreja algarvia 5 de Outubro de 2011
D.Manuel Quinta, Bispo do Algarve

Ou missão ou demissão

Só nos cansamos quando não nos deixamos conduzir pelo Espírito e confiamos mais nas nossas qualidades do que na presença constante e permanente de Cristo”,
(...)
“só não sente esta força, quem caminha sozinho e por conta própria”.
(...)
Ou missão ou demissão, porque não há meio-termo”,
(...)
evangelizar é vocação de cada baptizado e missão de todo o cristão” (...) “a Igreja existe só para evangelizar”.

D.Manuel Quintas
Bispo do Algarve
Homilia da Eucaristia de encerramento da Assembleia Diocesana

sábado, 8 de outubro de 2011

Fazer do trabalho contemplação

"(...) é impossível estabelecer uma diferença entre trabalho e contemplação: não se pode dizer até aquí reza-se e até aquí trabalha-se.
Continua-se sempre rezando, contemplando na presença de Deus.
Sendo homens de acção em aparência, vamos parar onde foram a parar os místicos mais altos: voei tão alto, tão alto até ao coração de Deus"


San Josemaría Escrivá de Balaguer
Notas de una reunión familiar, 30-X-1964

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

A virtude da fortaleza

"Lutemos para adquirir hábitos de vencimento em detalhes pequenos: cumprir un horario, cuidar a ordem material, não ceder aos caprichos, dominar aborrecimentos, acabar tarefas, etc.
Poderemos responder assim com mais prontidão às exigências da nossa vocação cristã.
Além disso, a fortaleza nos conduzirá à boa paciência, a sofrer sem fazê-lo pesar aos demais, a suportar as contrariedades que resultam das nossas próprias limitações e defeitos, do cansanço, do carácter alheio, das injustiças, da falta de meios".
D.Javier Echevarria
Carta Pastoral de 2 de Outubro de 2010

Rectidão de intenção no trabalho

"Tende em conta que a da rectidão de intenção do nosso trabalho, realizado com humana perfeição, do seu oferecimento a Deus, da sua união à Cruz de Cristo, depende nada menos que a Santidade pessoal de cada um e a de muitíssimas almas".

D. Alvaro del Portillo. Bispo.
Carta Pastoral de Outubro de 1993

domingo, 2 de outubro de 2011

Como comunicar a fé ?

O público acolhe informações de todo o género, e toma boa nota dos protestos e das críticas. Mas colabora sobretudo em projectos, propostas e causas positivas.

Características da mensagem
1. Positiva
João Paulo II afirma na encíclica “Familiaris consortio” que a moral é um caminho para a felicidade e não uma série de proibições. Esta ideia tem sido frequentemente repetida por Bento XVI, de diferentes maneiras: Deus dá-nos tudo e não nos tira nada; os ensinamentos da Igreja não são um código de limitações, mas uma luz que se recebe em liberdade.
A mensagem cristã tem de ser transmitida como o que realmente é: um sim imenso ao homem, à mulher, à vida, à liberdade, à paz, ao desenvolvimento, à solidariedade, às virtudes... Para a transmitir adequadamente aos outros, é necessário primeiro entender e experimentar a fé desse modo positivo.
Neste contexto adquirem particular valor umas palavras do Cardeal Ratzinger: “A força com que a verdade se impõe tem de ser a alegria, que é a sua expressão mais clara. Os cristãos deveriam apostar nela e nela dar-se a conhecer ao mundo”. A comunicação através da irradiação da alegria é a mais positiva das exposições.

2. Relevante
Em segundo lugar, a mensagem deve ser relevante, significativa para quem escuta, não somente para quem fala. S. Tomás de Aquino afirma que há dois tipos de comunicação: a locutio, um fluir de palavras que não interessam absolutamente nada aos que escutam; e a illuminatio, que consiste em dizer algo que ilustra a mente e o coração dos interlocutores sobre algum aspecto que realmente os afecta.

Transmitir a fé não é discutir para vencer, mas dialogar para convencer. O desejo de persuadir sem derrotar marca profundamente a atitude de quem comunica. A escuta converte-se em algo fundamental: permite saber o que interessa, o que preocupa o interlocutor. Conhecer as suas perguntas antes de propor as respostas. O contrário de relevância é auto-referência: limitar-se a falar de si próprio não é uma boa base para o diálogo.

3. Clara
Em terceiro lugar, a mensagem deve ser clara. A comunicação não é principalmente aquilo que o emissor explica, mas o que o destinatário entende. Acontece em todos os campos do saber (ciência, tecnologia, economia): para comunicar é preciso evitar a complexidade argumentativa e a obscuridade da linguagem. Também em matéria de religião convém procurar argumentos claros e palavras simples. Neste sentido, seria necessário reivindicar o valor da retórica, da literatura, das metáforas, do cinema, da publicidade, das imagens, dos símbolos, para difundir a mensagem cristã.
Por vezes, quando a comunicação não funciona, transfere-se a responsabilidade para o receptor: considera-se que os outros são incapazes de entender. Porém, a norma deve ser o oposto: esforçar-se por ser cada vez mais claro, até conseguir o objectivo que se pretende.


Qualidades da pessoa que comunica

1. Credibilidade
Para que um destinatário aceite uma mensagem, a pessoa ou organização que a propõe deve merecer credibilidade. Assim como a credibilidade se fundamenta na veracidade e na integridade moral, a mentira e a suspeita anulam o processo de comunicação na sua base. A perda de credibilidade é uma das consequências mais sérias de algumas crises que se produziram nestes anos.

2. Empatia

O segundo princípio é a empatia. A comunicação é uma relação que se estabelece entre pessoas, não um mecanismo anónimo de difusão de ideias. O Evangelho dirige-se a pessoas: políticos e eleitores, jornalistas e leitores. Pessoas com os seus próprios pontos de vista, os seus sentimentos e as suas emoções. Quando se fala de modo frio, aumenta a distância que separa do interlocutor. Uma escritora africana afirmou que a maturidade de uma pessoa está na sua capacidade de descobrir que pode “ferir” os outros e de agir consequentemente. A nossa sociedade está superpovoada de corações feridos e de inteligências perplexas. É necessário aproximar-se com delicadeza da dor física e da dor moral. A empatia não implica renunciar às convicções próprias, mas pôr-se no lugar do outro. Na sociedade actual, convencem as respostas que sejam cheias de sentido e de humanidade.

3. Cortesia
O terceiro princípio relativo à pessoa que comunica é a cortesia. A experiência mostra que nos debates públicos proliferam os insultos pessoais e a desqualificação mútua. Nesse campo, se não se cuida a forma, corre-se o risco de que a proposta cristã seja vista como mais uma das posturas radicais que estão no ambiente. Correndo embora o risco de parecer ingénuo, penso que convém demarcar-se deste enfoque. A clareza não é incompatível com a delicadeza.
Com delicadeza pode-se dialogar; sem delicadeza, o fracasso está de antemão garantido: quem era partidário antes da discussão, continuará a sê-lo depois, e quem era contrário raramente mudará de posição.
Recordo um cartaz situado à entrada de um “pub” perto do Castelo de Windsor, no Reino Unido. Dizia, mais ou menos: “Neste local são bem-vindos os cavalheiros. E um cavalheiro é-o antes de beber cerveja e também depois”. Poderíamos acrescentar: um cavalheiro é-o quando lhe dão razão e quando sucede exactamente o contrário.


Princípios quanto ao modo de comunicar

1. Profissionalismo
A “Gaudium et Spes” recorda que cada actividade humana tem a sua própria natureza, que é preciso descobrir, utilizar e respeitar, se se pretende participar nela. Cada campo do saber tem a sua metodologia; cada actividade, as suas normas; e cada profissão, a sua lógica. A evangelização não se produzirá a partir de fora das realidades humanas, mas a partir de dentro: os políticos, os empresários, os jornalistas, os professores, os guionistas, os sindicalistas, são aqueles que podem introduzir melhorias práticas nos seus respectivos âmbitos.

S. Josemaria recordava que é cada profissional, comprometido com as suas crenças e com a sua profissão, que há-de encontrar as propostas e soluções adequadas. Se se trata de um debate parlamentar, com argumentos políticos; se de um debate médico, com argumentos científicos; e assim sucessivamente. Este princípio aplica-se às actividades de comunicação, que estão a conhecer um desenvolvimento extraordinário nos últimos anos, tanto pela crescente qualidade das formas narrativas, como pelas audiências cada vez mais amplas e pela participação cívica, cada dia mais activa.

2. Transversalidade
O segundo princípio poderia denominar-se transversalidade. O profissionalismo é imprescindível quando as convicções religiosas pesam num debate. A transversalidade, quando pesam as convicções políticas.
Neste ponto, vale a pena mencionar a situação de Itália. Ao fazer a declaração de rendimentos, mais de 80% dos italianos assinala o espaço correspondente à Igreja, porque deseja apoiar economicamente as suas actividades. Isto significa que a Igreja merece a confiança de uma grande maioria de cidadãos, não somente dos que se revêem numa tendência política.

3. Gradação
O terceiro princípio relativo ao modo de comunicar é a gradação. As tendências sociais têm uma vida complexa: nascem, crescem, desenvolvem-se, modificam-se e morrem. Consequentemente, a comunicação de ideias tem muito a ver com a “cultura”: semear, regar, podar, limpar, esperar, antes de colher.
O fenómeno da secularização foi-se consolidando nos últimos séculos. Processos de tão longa gestação não se resolvem em anos, meses ou semanas. O cardeal Ratzinger explicava que a nossa visão do mundo costuma seguir um paradigma “masculino", onde o importante é a acção, a eficácia, a programação e a rapidez. E concluía que convém dar mais espaço a um paradigma “feminino", porque a mulher sabe que tudo o que tem a ver com a vida requer espera, exige paciência.
O contrário deste princípio é a pressa, que leva à impaciência e muitas vezes também ao desânimo, porque é impossível conseguir objectivos de entidade a curto prazo.

4. Caridade
A estes nove princípios seria necessário acrescentar outro, que afecta todos os aspectos mencionados: a mensagem, a pessoa que comunica e o modo de comunicar. O princípio da caridade.
Alguns autores destacaram que, nos primeiros séculos, a Igreja se expandiu de forma muito rápida porque era uma comunidade acolhedora, onde era possível viver uma experiência de amor e liberdade. Os católicos tratavam o próximo com caridade, cuidavam das crianças, dos pobres, dos idosos, dos enfermos. Tudo isso se converteu num íman de atracção irresistível.
A caridade é o conteúdo, o método e o estilo da comunicação da fé; a caridade converte a mensagem cristã em algo positivo, relevante e atractivo; proporciona credibilidade, empatia e amabilidade às pessoas que comunicam; e é a força que permite actuar de forma paciente, integradora e aberta. Porque o mundo em que vivemos é também com demasiada frequência um mundo duro e frio, onde muitas pessoas se sentem excluídas e maltratadas e esperam algo de luz e de calor. Neste mundo, o grande argumento dos católicos é a caridade. Graças à caridade, a evangelização é sempre, e verdadeiramente, nova.


Daqui

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Mortificação interior

Na sua pregação e na censura aos Fariseus, Jesus Cristo deixou claro que, sem prejuízo dos actos exteriores de piedade e oferenda, o mais importante são os actos interiores.

Por isso, a 1ª e mais importante é a mortificação e o sacríficio interior de pensamentos.

Se uma alma gasta demasiado tempo em monólogos interiores e em preocupar-se excessivamente com as suas coisas pessoais, essa alma começa a afastar-se da caridade e da humildade de quem deve manter sempre a cabeça nas coisas de Deus e dos irmãos.

O monólogo interior é uma forma que o Demónio tem de preparar o terreno para futuras quedas, usando distracções para um próximo ataque, uma próxima tentação que poderá ser fatal.
O demónio é o pai da mentira, faz-nos ver coisas que, na realidade, não são. Estai alertas!

Santos Anjos

Além do poder da Graça Santificante, Deus colocou também ao nosso lado um Anjo da Guarda.

Com o poder da Graça Santificante e a ajuda dos Santos Anjos da Guarda poderemos vencer as tentações e subir um degrau mais em direcção à Santidade:

"Ele te dará ordem sobre ti aos seus Anjos de guardar-te em todos os teus caminhos. Te levarão nas suas mãos, para que a pedra não tropece no teu pé, pisará sobre o leão e a vibora"
Salmo 91, 11-13.

Enchamo-nos, pois, de segurança e confiança !

domingo, 25 de setembro de 2011

A humildade é a verdade

"Humilitas, a palavra latina donde deriva «humildade», tem a ver com humus, isto é, com a aderência à terra, à realidade.
As pessoas humildes vivem com ambos os pés na terra; mas sobretudo escutam Cristo, a Palavra de Deus, que ininterruptamente renova a Igreja e cada um dos seus membros".


Bento XVI
Homilia aos Jovens, Friburgo, RFA, 25 de Setembro 2011

Os que fazem mais mal à Igreja são os cristão tíbios

Neste ponto, não devemos calar o facto de que o mal existe.
Vemo-lo em tantos lugares deste mundo; mas vemo-lo também – e isto assusta-nos – na nossa própria vida. Sim, no nosso próprio coração, existe a inclinação para o mal, o egoísmo, a inveja,
a agressividade.

Com uma certa autodisciplina, talvez isto se possa, em certa medida, controlar. Caso diverso e mais difícil se passa com formas de mal mais escondido, que podem envolver-nos como um nevoeiro indefinido, tais como a preguiça, a lentidão no querer e no praticar o bem.

Repetidamente, ao longo da história, pessoas atentas fizeram notar que o dano para a Igreja não vem dos seus adversários, mas dos cristãos tíbios.
(...)

Uma vela só pode dar luz, se se deixar consumir pela chama; permaneceria inútil, se a sua cera não alimentasse o fogo.
Permiti que Cristo arda em vós, ainda que isto possa às vezes implicar sacrifício e renúncia. Não tenhais medo de poder perder alguma coisa, ficando, no fim, por assim dizer de mãos vazias.
Tende a coragem de empenhar os vossos talentos e os vossos dotes pelo Reino de Deus e de vos dar a vós mesmos – como a cera da vela –, para que o Senhor ilumine, por vosso meio, a escuridão.
Sabei ousar ser santos ardorosos, em cujos olhos e coração brilha o amor de Cristo e que, deste modo, trazem luz ao mundo.

Papa Bento XVI
Discurso aos Jovens Friburgo em 24 de Setembro de 2011

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Preparaste-me um corpo

"Na versão que a palavra do Salmo 40 recebeu na Carta aos Hebreus (Cfr Hbr 10,5-7, Sl 40, 7-9)está contida a resposta a esse desejo: o desejo de que a Deus seja dado aquilo que nós não somos capazes de lhe dar (...).
"(...) não quiseste sacrifício nem oferenda, mas preparaste-Me um corpo".
(...)
Por outras palavras, a nossa moralidade pessoal não basta para venerar de modo justo a Deus. (...) Mas o Filho feito carne carrega em Si todos nós e, assim, dá aquilo que nós, sozinhos, não podemos dar."

(...)
Este lado existencial da nova concepção de culto e de sacrifício torna-se particularmente claro no capítulo 12 (v.1) da Carta aos Romanos "Por isso vos exorto, irmãos, (..), a que ofereçais os vossos corpos como sacrifício vivo, santo, agradável a Deus. Seja este o vosso verdadeiro culto"

(...) Paulo pressupõe aqui, sem dúvida, que este novo culto dos cristãos, no qual eles mesmos são o "sacrifício vivo e santo", seja possível apenas pela participação no amor corporizado de Jesus Cristo, aquele amor que, por meio do poder da sua santidade, supera toda a nossa insuficência".
(...)
Quanto mais o homem (...) se torna resposta a Deus com toda a sua vida, tanto mais realiza o culto justo."
Bento XVI
Jesus de Nazaré II, páginas 191, 192 e 193.
Por outras palavras, o Papa salienta o facto dos sacrifícios anteriores já não servirem, como não serviram antes e que agora há um novo sacrifício, o do próprio Jesus Cristo e que se nós quisermos comungar de Deus, temos que oferecer o nosso corpo e a nossa vida para que Cristo a torne no Seu corpo e na Sua vida, através do sacrifício:
- Nós sacrificamo-nos para poder receber e participar no sacrifício maior de Cristo.



"O dom que Jesus faz de Si mesmo (...) é, por conseguinte, o verdadeiro culto, o verdadeiro sacrifício"

Idem. Pág. 194

"Permanecei no meu Amor"

"Permanecei no meu Amor" (ver minuto 2,00 a 2,15)

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

A santificação do trabalho

Na fidelidade às circunstâncias concretas lavra-se a santidade e o apostolado

"Como a ajuda de Deus não nos pode faltar, cada um receberá com sobreabundância a graça necessária para ser fiel nas suas circunstâncias concretas. (...)
E é nessa resposta diária onde temos de nos manter fidelissímos, já que aí se lavra a santidade pessoal e se assentam as bases da eficácia apostólica".
D.Javier Echevarria, Prelado Bispo do Opus Dei, in Carta Pastoral de Setembro de 1994

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Mortificação contínua

"A mortificação tem de ser contínua, como o bater do coração: assim teremos domínio sobre nós próprios e viveremos com os outros a caridade de Jesus Cristo".


Ponto 518 Forja S. José Maria Escrivá de Balaguer

Fugir da Cruz é auto-destruir-se

No dia da Exaltação da Santa Cruz, recordo aqui as palavras que de improviso o Papa João Paulo II disse, no final da Via Sacra, de 1994, no Coliseu de Roma.
Com voz alta e apertando as mãos com força, vociferou o seguinte
"Todo o homem que foge da Cruz e não a leva na sua vida, procura a sua auto-destruição !"

terça-feira, 13 de setembro de 2011

O nosso dia é a nossa cruz entegue na Eucarístia

«Com efeito, todas as suas obras –afirma a propósito dos leigos a Constituição sobre a Igreja do Concílio Vaticano II –, as suas orações e iniciativas apostólicas, a vida conjugal e familiar, o trabalho de cada dia, o descanso espiritual e corporal, se se cumprem no Espírito, e inclusivamente as agruras da vida se são suportadas com paciência, convertem-se em sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo (cfr. 1 Pe 2, 5), os quais são piedosamente oferecidos na celebração da Eucaristia juntamente com a oblação do Corpo de Nosso Senhor».

Concílio Vaticano II, Const. dogm. Lumen gentium, n. 34.

Família e Matrimónio, caminho de santidade, na entrega e na caridade

O trabalho, a convivência, a relação quotidiana nas actividades mais transcendentes ou mais ordinárias, constituem a trama do exercício das virtudes que impregnam toda a vida doméstica.
A constância em levar por diante as próprias ocupações, a serenidade e afabilidade no trato com os outros, a sinceridade para reconhecer os próprios erros, a capacidade de compreender e perdoar, a fortaleza para corrigir os defeitos pessoais, a paciência consigo próprio e com os outros, o optimismo para ajudar a superar-se… são virtudes que, apoiando-se na fé, esperança e caridade, traduzem na vida dos filhos de Deus o quotidiano desenrolar da vida familiar.

Assim se expressa S. Josemaria: «A vida familiar, as relações conjugais, o cuidado e a educação dos filhos, o esforço por sustentar, manter e melhorar economicamente a família, as relações com as outras pessoas que constituem a comunidade social, tudo isso são situações humanas e correntes que os esposos cristãos devem sobrenaturalizar» Cfr. Josemaria Escrivá, Cristo que passa, n. 23.

Certamente qualquer comunicação de palavras e outras acções entre os cônjuges pode expressar a sua recíproca entrega e a positiva acção de serviço à vida: um sorriso, o olhar, uma amabilidade, uma palavra, um gesto, um serviço…

«Para santificar cada jornada, é necessário exercitar muitas virtudes cristãs, as teologais em primeiro lugar e, depois, todas as outras: a prudência, a lealdade, a sinceridade, a humildade, a laboriosidade, a alegria…» Cfr. Josemaria Escrivá, Cristo que passa, n. 23.

Todo o baptizado deve viver o próprio sacerdócio convertendo a sua existência num culto agradável a Deus Pai. «E como do sacramento derivam para os cônjuges o dom e a obrigação de viver quotidianamente a santificação recebida, assim nesse mesmo sacramento se fundamentam a graça e o dever de transformar toda a sua vida num contínuo sacrifício espiritual» Cfr João Paulo II, Exort. apost. Familiaris consortio, 21-XI-1981, n. 56.


Existe portanto uma característica específica do sacerdócio comum dos esposos cristãos: o modo peculiar de fazer da sua própria existência uma oferta espiritual.
(...) De agora em diante cada um deles não poderá viver a oferenda da sua existência a não ser como esposo e esposa e, portanto, como pai ou mãe, pelo menos potencialmente.

Por outras palavras, os cônjuges cristãos não podem viver a oferenda das próprias vidas a não ser no exercício da missão de esposos e pais, própria da sua identidade dentro do Povo de Deus. As virtudes humanas e cristãs fá-los-ão viver a vontade concreta de Deus em todas as actividades e deveres próprios, e descobrir neles a resposta de entrega como oferta grata a Deus por Jesus Cristo.

Toda a vida é, por conseguinte, exercício deste sacerdócio, e toda a vida estará cheia pela entrega ao cônjuge e aos filhos. Este é o seu modo peculiar e eficaz de construir a cidade dos homens e a cidade de Deus. Qualquer outra actividade ou ocupação, trabalho, descanso, vida de piedade e de relação social, encontra-se em estreita unidade com a ocupação fundamental que Deus estabeleceu como centro das suas vidas.

«Mas não esqueçam que o segredo da felicidade conjugal está no quotidiano, não em sonhos. Está em encontrar a alegria íntima que dá a chegada ao lar; está no convívio carinhoso com os filhos; no trabalho de todos os dias, em que colabora toda a família; no bom humor perante as dificuldades, que é preciso encarar com desportivismo» Josemaria Escrivá, Temas Actuais do Cristianismo. n. 91.
D. Francisco Gil Hellín

Daqui

domingo, 11 de setembro de 2011

Dar o primado a Deus

No Pai Nosso pedimos que seja santificado o Seu nome,
que venha o Seu reino, que se cumpra a Sua vontade.

É, acima de tudo, o primado de Deus que devemos recuperar
no nosso mundo e na nossa vida,
porque é este primado que permite descobrirmos
a verdade do que somos, e é no conhecer e seguir a vontade de Deus
que encontramos o nosso verdadeiro bem.

Dar tempo e espaço a Deus, para que seja o centro vital da nossa existência.


Bento XVI
11 de Setembro de 2011

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Oração o motor do apostolado

"Nos tempos de meditação diante do Sacrário, falemos com o Senhor dos nossos amigos, dos nossos familiares, dos nossos conhecidos, pedindo para eles tudo o que precisarem.
Façamos os nossos planos de apostolado com Jesus e junto de Jesus, que, assim, irão para a frente: desde as iniciativas mais comuns, talvez aparentemente pequenas – e nada é pequeno quando se trata do bem espiritual de uma alma – até aos projectos de maior envergadura, que aspiram a devolver à sociedade um profundo sentido cristão.
Voltemos a pôr em prática o conselho de S. Josemaria: «antes de falar com as almas de Deus, falemos com Deus das almas».
Pedes em cada dia pelas pessoas que encontras?
Esforças-te por travar novas amizades, intensificar o relacionamento com os que já são teus amigos?"


D.Javier Echevarria
Carta Pastoral de Setembro de 2011

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Ser jumento

Jesus Cristo, na entrada triunfal em Jerusalém, faz do seu trono um jumentinho para que se cumprisse o que tinha sido anunciado pelo profeta "Dizei à filha de Sião: Eis que o teu rei vem a ti, manso, montado sobre uma jumenta e sobre um jumentinho, filho da que leva o seu jugo" Cfr Mateus, 29, 4.
Se queremos que Cristo nos guie e nos acompanhe em cada dia temos que nos fazer como o jumentinho dócil, humilde e obediente.

Fazer-se criança diante de Deus

Quem quiser ser adulto diante de Deus, faça-se criança!

"Deixai as crianças e não as impeçais de vir a Mim, porque delas é o reino dos céus"
S.Mateus, 19, 14.

Fazer-se criança diante de Deus significa saber que nada somos e que nada podemos, até para as coisas mais básicas do dia-a-dia e que, por isso, precisamos de dar a mão a Deus, de pedir-lha e de dar-lha.

"Senhor ajuda-me em tudo, fica comigo em tudo o que faço porque sozinho só faço disparates"

Por outro lado, fazer-se criança significa selvaticamente sincero com Ele contando-lhe inclusive os pensamentos e ideias mais abjectos que nos possam passar pela cabeça porque uma criança nada esconde dos seus pais.

Fazer-se criança significa também amar a Deus de forma simples e autêntico, pedindo-lhe um abraço, oferecendo uma flor a N.Sra, entregando um tempo de trabalho, uma mortificação, pondo aos seus pés um sacrifício ou um pormenor de atenção e carinho para com os outros.

domingo, 4 de setembro de 2011

O apostolado é condição da nossa salvação

"Eis o que diz o Senhor: «A ti, filho de homem, Eu constituí-te sentinela da casa de Israel. Deves ouvir a palavra que sai da minha boca e adverti-los, da minha parte.
Se Eu digo ao ímpio que vai morrer e tu não lhe falas para o pôr de sobreaviso contra a sua má conduta, ele perecerá em razão do próprio pecado; mas é a ti que Eu pedirei contas do seu sangue.
Mas, se advertes o pecador para o afastar do mau caminho e ele não se converte, ele morrerá na sua iniquidade; mas tu salvarás a tua vida."

Ezeq. 33,7-9

Comunhão e morte para nós próprios

A comunhão é um alimento que nos leva a ter forças para enfrentar a morte de nós mesmos.

Quem quiser se salvar, deve morrer para si mesmo, diz-se no Evangelho.

Morrer para si mesmo na entrega e disponibilidade aos outros, na contenção verbal, na temperança, na prudência.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Perder a vida sempre e todos os dias


"A boa notícia é que a santidade nos é oferecida todos os dias"
Pedro Pinto, "O Povo"

"Não é fácil viver assim.

Não é fácil perder a vida para a ganhar, porque a cada momento ressurge a tentação de ganhar a vida por si mesmo.

Vivendo a vida, repugna perdê-la.

Esta entrega tem de ser renovada a cada instante.

Aquela vida que perdemos hoje de manhã tem de ser perdida outra vez agora. Por causa d'Ele. Até a salvar de vez".
João César das Neves “Perder a Vida” DN

sábado, 6 de agosto de 2011

A virtude da prudência como guia para a caridade

Ponto 1806 do Catecismo da Igreja Católica:

"A prudência é a virtude que dispõe a razão prática a discernir, em qualquer
circunstância, nosso verdadeiro bem e a escolher os meios adequados para realizá-lo. "O homem sagaz discerne os seus passos" (Pr 14,15).
(...) A prudência é a "regra certa da ação", escreve Sto. Tomás citando Aristóteles. Não se confunde com a timidez ou o medo, nem com a duplicidade ou dissimulação.
É chamada "auriga virtutum" ("cocheiro", isto é "portadora das virtudes"), porque, conduz as outras virtudes, indicando-lhes a regra e a medida (...)"


"O homem prudente, que se esforça por realizar tudo aquilo que é verdadeiramente bom, esforça-se por medir tudo – toda situação e todo o seu agir – pelo metro do bem moral.
(...)
E todos os que quiserem que o novo Papa seja um Pastor prudente da Igreja, implorem o dom de conselho para ele e também para si próprios, confiando na especial intercessão da Mãe do Bom Conselho"

Beato João Paulo II
Audiência de 25 de Outubro de 1978

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Ser fiel

God doesn’t ask that we succeed in everything, but that we are faithful.” – Mother Teresa

Do I believe God has amazing plans for our family? Absolutely. I also know that it might look differently than I expect. And I know that if
I’m faithful, then it will end up successful and fruitful in more profound ways than I ever could have imagined myself.

And that’s the power and beauty of God’s plan. In the end, you’ve got to use your head as far as it will take you, and then you’ve got to just be faithful. God will do amazing things with the little you give him – especially if you give him your best.

Daqui

domingo, 31 de julho de 2011

A renúncia pela obsessão da omnipotência

A conquista de um ritmo humano para a vida não acontece de repente, nem avança com receitas de quatro tostões. Também aqui estamos perante um caminho de transformação que cada um tem de fazer e nos pede verdade, aprendizagem e renúncia. A primeira renúncia é àquela da obsessão pela omnipotência. Temos de ter a coragem de perceber e aceitar os limites, pedir ajuda mais vezes, e dizer “basta por hoje” sem o sentimento de culpa a martelar. A insegurança provocada pela velocidade a que tudo se dá, leva-nos a ter medo de apagar a luz ou de arrumar os papéis para continuar amanhã. Precisamos, por outro lado, aprender a planificar com sabedoria o dia a dia, hierarquizando as atividades, e concentrando melhor a nossa entrega. Precisamos aprender a racionalizar e a simplificar, sobretudo as tarefas que se podem prever ou se repetem.

José Tolentino Mendonça
In Diário de Notícias (Madeira)
26.07.11

terça-feira, 26 de julho de 2011

Sermos "puros" por via da humildade.

Deus fez-se homem, para que o homem se fizesse Deus.
Mas, como destaca o Papa Bento XVI, no seu livro "Jesus de Nazaré II", Deus fez-se homem, na forma mais humilde.
Mas mais do que fazer-se só homem, no lava pés e na morte na cruz, Deus fez-se homem na condição de servo, manifestando o seu amor serviçal por todos (Cfr. Jesus de Nazaré II, página 56).
Por isso, para que sejamos "puros" e "capazes de Deus" temos também que despojarmo-nos da nossa soberba, da soberba de pensamento e da soberba da nossa vontade.

humilhação e exaltação

"humilhação e exaltação conjugam-se entre si de modo misterioso"

Jesus de Nazaré II. Bento XVI. Pág. 150

domingo, 24 de julho de 2011

Deitar cedo exige temperança

"A eficácia da (...) aplicação (dos conselhos práticos destinados a obter um sono reparador) implica muita força de vontade, associada a uma boa dose de esforço e sacrifício, dado que se fundamenta na abolição de algumas preferências, abdicando de hábitos, usos e costumes enraizados, com a instauração de um padrão de vida diferente, mais ordenado e mais saudável".
In "O Sono. Efeitos da sua privação sobre as defesas orgânicas". Ângelo Soares. Lidel Pág. 63

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Ordem no dia a dia

1º Amar a Deus sobre todas as coisas na Oração, na Palavra e na Eucarístia.

2º Amar o próximo, e em particular, pela ordem das coisas, a família natural.

3º Trabalhar com o máximo de intensidade para um máximo de rentabilidade.

4º Trabalhar naquilo que não é prioritário, ainda que importante.

5º Trabalhar no que não é essencial e apenas se sobra tempo (o que nunca ou quase nunca deve acontecer)

Para isto, é necessário prudência, fortaleza e temperança.

Formas de tentação

Há duas formas do pecado se manifestar, sempre em forma de tentações:
- Uma, é por via subtil, através de pequenas concessões, cedências e derrotas que são somando ao longo do dia e que, por sua vez, vão abrindo um caminho progressivo mas prometedor a favor da futura queda mais grave.
- A outra, mais rara, acontece quando, de forma desenvergonhada a possibilidade de queda em pecado mortal se nos depara de forma frontal, face a face, com uma sedução e uma atracção que (enganosamente) parece quase irrecusável.
Em ambas, há que estar vigilante e reagir de forma rápida e determinada.

domingo, 17 de julho de 2011

Cheque em branco

"Jesus imola a Sua vida por nós, para que nos imolemos a Ele espiritualmente. Na Sagrada Eucarístia, Cristo dá-se a nós, para que nos dêmos a Ele. Por assim dizer, nós passamos a Cristo um "cheque em branco" sobre a nossa vida. (...) A nossa vida abre-se ao Reino de Deus e Deus pode viver no seio da nossa vida".

Youcat Ponto 180

O Amor de Maria por nós

"Porque o seu amor por nós não acaba não acaba, podemos estar certos de que ela se comprometeu por nós nos dois momentos mais importantes da nossa vida: «Agora e na hora da nossa morte»"

YouCat
Ponto 148

A Cruz leva-nos por bons caminhos

"Se levares alegre a tua cruz, ela te levará"
Tomás de Kempis

A luta diária do Cristão

"Diariamente (..) o cristão tem de suportar um combate parecido ao que Cristo aguentou no deserto da Judeia, no qual foi tentado pelo diabo.
(...) É um combate que implica toda a pessoa e exige uma constante e atenta vigilância"

Bento XVI 1 de Março de 2006

A propaganda pelo exemplo

"O valor da propaganda pelo exemplo, uma expressão de origem anarquista, é o mais poderoso de todos"
José Pacheco Pereira, a propósito do falecimento da Dra Maria José Nogueira Pinto

terça-feira, 12 de julho de 2011

A comunhão é a fusão do espírito com a carne

"(....) a comunhão é literalmente a incorporação de Jesus no nosso próprio corpo, , é a fusão do espírito com a carne, um mistério que ao mesmo tempo ritualiza a revelação de que Deus optou por viver no meio de nós".

A. Sullivan
A Alma Conservadora. Quetzal.Pág. 255

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Oração e disciplina caminho para o Céu e a Santidade

O valor da Eucarístia

A importância na luta nas pequenas coisas do dia a dia

"Quem é fiél no pouco também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco também é injusto no muito"
S.Lucas 15,10-11

Fazer o que se deve, em cada momento e estar no que se faz, vivendo o presente como se o futuro não chegasse e como se essa luta nesse pequeno pormenor fosse a última da nossa vida.

Se não lutar e vencer nessa pequena escaramuça, perderei uma oportunidade que só acontecerá agora, ou muitas vezes, apenas na próxima oportunidade.

"A mortificação que nos pede o Senhor está na ordem, na pontualidade, no cuidado dos detalhes no trabalho que realizamos, no cumprimento fiel do mais pequeno dever de estado, ainda quando custe sacríficio, no fazer o que mos obrigação de fazer, vencendo a tendência à comodidade.
Não preserveramos no trabalho porque nos apetece ou porque temos ganas, mas porque há que fazê-lo"

D.Javier Echevarrria, Bispo.
Carta Pastoral.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

O maior seja o escravo

Jesus Cristo, ao longo da sua pregação, destaque, de forma desconcertante, a importância de certos paradoxos:

Se quiseres ser maduro e colher os frutos da maturidade, faz-te criança.

Se quiseres ser rico, desfaz-te de tudo o que tens e segue-Me.

Etc...



E há um paradoxo que resume todos os outros, o de contrariar a lei que rege a sociedade, a política e o mundo do trabalho e da economia: "Vós sabeis que os príncipes das nações as subjugam e que os grandes as governam com autoridade. Não seja assim entre vós, mas todo aquele que quiser ser entre vós maior, seja vosso servo, e quem quiser ser entre vóso primeiro, seja o vosso escravo. Assim como o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida para resgate de todos"
S. Mateus 20, 25-28

Caridade com carinho

"O Senhor tomou a iniciativa, vindo ao nosso encontro. Deu-nos o exemplo para nos pormos com Ele ao serviço dos outros, para – gosto de repetir – pormos generosamente o nosso coração a servir de alcatifa, de modo que os outros caminhem suavemente e a sua luta resulte para eles mais amável. Devemos comportar-nos assim, porque somos filhos do mesmo Pai, que não hesitou em entregar-nos o seu Filho muito amado.

(...)

Tu e eu estamos em condições de derramar carinho sobre os que nos rodeiam, porque nascemos para a fé pelo amor do Pai. Pedi com ousadia ao Senhor este tesouro, esta virtude sobrenatural da caridade, para a exercitardes até ao último pormenor.

Nós, os cristãos, não temos sabido muitas vezes corresponder a esse dom; algumas vezes temo-lo rebaixado como se se limitasse a uma esmola dada sem alma, friamente; outras vezes temo-lo reduzido a uma atitude de beneficência mais ou menos convencional. Exprimia bem esta aberração a queixa resignada de uma doente: Aqui, tratam-me com caridade, mas a minha mãe cuidava de mim com carinho. O amor que nasce do Coração de Cristo não pode dar lugar a este tipo de distinções".

S.Josémaria Escrivá de Balaguer
Amigos de Deus, nn. 228–229

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Sermos nós o "Evangelho vivo"

É constante o convite que o Santo Padre nos dirige para levarmos o coração do ser humano ao encontro do Deus que salva. Há poucos meses, dizia de um modo muito gráfico: “Todos se podem abrir à acção de Deus, ao seu amor; com o nosso testemunho evangélico, nós cristãos devemos ser uma mensagem viva, aliás, em muitos casos somos o único Evangelho que os homens de hoje ainda lêem” (Homilia, 9-III-2011). Quando o Papa nos convida a ser com ele testemunhas de Jesus Resuscitado, pede-nos que sejamos Evangelho vivo, “o único que os homens de hoje ainda lêem”. Cada uma, cada um, no próprio ambiente familiar, de trabalho, de descanso, principalmente onde o silêncio da fé é mais profundo, tem de ser Cristo que passa, dar a conhecer com o seu comportamento, e apesar dos seus erros e defeitos, o amor de Jesus por cada um, de tal modo a permitir aos que convivam connosco o encontro com Cristo. Diz S. Josemaria “– Não é verdade que sentíamos abrasar-se-nos o coração, quando nos falava caminho? Se és apóstolo, esta palavras dos discípulos de Emaús deviam sair espontaneamente dos lábios dos teus companheiros de profissão, depois de te encontrarem a ti no caminho da vida” (Caminho, n. 917).

Para isso, é fundamental que tenhamos nós experiência desse encontro com Cristo que nos transforma, na oração, na Eucaristia e no Evangelho. Bento XVI, ao dirigir-se aos participantes do Congresso UNIV, na Páscoa passada, citou um texto de S. Josemaria: “Oxalá fossem tais as tuas atitudes e as tuas palavras, que todos pudessem dizer quando te vissem ou ouvissem falar: «Este lê a vida de Jesus Cristo»” (Caminho, n. 2). É um desafio, um programa para a nossa vida de cristãos, testemunhas de Jesus Ressuscitado. Para isso, é importante que leiamos todos os dias a Sagrada Escritura, o Evangelho, de modo pessoalíssimo. O fundador do Opus Dei propunha algo que tinha bem experimentado e vivido:


(...)

Para sermos testemunhas vivas, para que os que nos encontrem possam ler o Evangelho, cuidemos a nossa leitura do Evangelho. Levemos a Sagrada Escritura à nossa oração. Descobriremos sempre aspectos novos, aprenderemos a conhecer cada vez melhor o nosso Jesus, e possibilitaremos que, através da nossa amizade, das nossas palavras e acções, os outros também encontrem Jesus.

Rafael Espírito Santo
Vigário Geral da Prelatura do Opus Dei em Portugal
Homília de Missa do dia 25 de Junho de 2011

Não rebaixemos na luta do dia a dia

"Não rebaixemos a exigência da Santidade pessoal nas pequenas coisas de cada dia (...)
O Senhor aguarda por nós na doença e na dor, em circunstâncias extraordinárias, mas também e sobretudo no trabalho quotidiano, feito por amor e com amor, nos 1000 detalhes de carinho e atenção a quem nos rodeiam, sem nunca nos cansarmos (...).
Esta é a correspondência heróica, jornada após jornada, que Jesus Cristo esperam de nós!".

Carta pastoral de Julho de 1994
D. Javier Echevarria, Bispo.

E nesta luta podemos contar com a intercessão e a ajuda do Santo dos milagres da santificação do trabalho, S.José Maria Escrivá de Balaguer.

Como se caracteriza a humildade

A humildade caracteriza-se pelo saber estar sempre esquecido de sim mesmo e pelo espezinhamento do nosso próprio eu.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Fé e preserverança na oração

O episódio da Cananeia (Mateus 15, 21-28) a quem Jesus parece querer ignorar e a quem parece não querer fazer qualquer milagre é muito elucidativo relativamente à questão da preserverança na oração.

Mais tarde, pela reacção de Jesus se vê que, na realidade, também Ele queria realizar esse milagre, mas pretendia que daquela mulher saísse um sinal de preserverança na fé. Por isso, ignorou e deixou sem resposta ou com resposta negativa as preces e súplicas daquela mulher.

Essa mulher, porém, mantém-se firme e perseverante na oração e, por fim, é a atitude de humildade que demonstra que faz com que Jesus acabe por fazer o milagre que Lhe é pedido.

Este episódio deve servir de exemplo para nós quando, perante um mal que temos na nossa vida, um mau hábito desde há muito tempo arreigado e que nos causa graves prejuízos mas do qual parece que não nos conseguimos libertar, o remédio é rezar, continuar a rezar com fé e humildade.

Essa preferência pelas coisas do alto e o facto de Deus conseguir (mesmo nas coisas terrenas e diárias, no pão nosso de cada dia) dar-nos o 100 por 1, deve-nos levar a acreditar, com sinceridade, que escolher a melhor parte, acaba por compensar sempre.

É o próprio Jesus que o reafirma, várias vezes, aliás:

“Homens de pouca fé, porque estais a discorrer entre vós por não terdes trazido pão? Ainda não compreendeis nem vos lembrais dos cinco pães para os cinco mil homens e quantos cestos recolhestes ? Nem dos sete pães para quatro mil homens e quantos cestos recolhestes?” S.Mateus 16, 8-11


segunda-feira, 20 de junho de 2011

A temperança como sinal de poder e realeza

"De facto, que há tão real para uma alma como governar o seu corpo na submissão a Deus ?" (S.Leão Magno, Serm.4,1).

"Aquele que submete o corpo e governa o espírito, sem se deixar submergir pelas paixões, é senhor de si mesmo; pode ser chamado rei, porque é capaz de reger a sua própria pessoa;
é livre e independente e não se deixa cativar por uma escravidão culpável" (Stº Ambrósio, Psalm 1118, 14,30; PL 15, 1403 A)

(Cfr. Pontos 786 e 908 do Catecismo da Igreja Católica)

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Preparar o dia do Corpo de Deus

"Jesus Cristo deseja ardentemente encontrar, em ti e em mim, obras concretas que revelem a nossa entrega. Busca em nós realidades diárias constantes, de Amor e serviço abnegado a Ele e por Ele, aos outros, que são como essas flores que se atiram com veneração ao passo da procissão (do Corpo de Deus).
Espera que lhe ofereçamos as nossas horas de trabalho intenso e bem terminado, entrelaçado de pequenos sacrifícios, como o pequeno e pouco perceptível aroma das ervas que servem de tapete à procissão.
Aguarda que saíamos ao seu encontro com mil detalhes de delicadez na pontualidade, esmero e esforço por acabar bem as normas de piedade diárias, tal como o incenso que se queima em silêncio diante do Santíssimo Sacramentado.
Amor com Amor se paga: pensa nas tuas genuflexões ante o sacrário, nas tuas visitas ao Santíssimo Sacramento, com que carinho e atenção, são feitas ?"


D.Alvaro Del Portillo
Carta Pastoral de Junho de 1993

Combati um bom combate

Oxalá se pudesse dizer de cada um de nós, no final mais uma semana de trabalho que passou, o mesmo que S.Paulo disse, no final da sua vida:

Combati um bom combate, guardei a Fé !

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Espírito Santo

SEQUÊNCIA
Vinde, ó santo Espírito,
vinde, Amor ardente,
acendei na terra
vossa luz fulgente.

Vinde, Pai dos pobres:
na dor e aflições,
vinde encher de gozo
nossos corações.

Benfeitor supremo
em todo o momento,
habitando em nós
sois o nosso alento.

Descanso na luta
e na paz encanto,
no calor sois brisa,
conforto no pranto.

Luz de santidade,
que no Céu ardeis,
abrasai as almas
dos vossos fiéis.

Sem a vossa força
e favor clemente,
nada há no homem
que seja inocente.

Lavai nossas manchas,
a aridez regai,
sarai os enfermos
e a todos salvai.

Abrandai durezas
para os caminhantes,
animai os tristes,
guiai os errantes.

Vossos sete dons
concedei à alma
do que em Vós confia:

Virtude na vida,
amparo na morte,
no Céu alegria.

A virtude da Temperança

Segundo o Beato Papa João Paulo II, a temperança consegue-se "através do domínio sobre si mesmo e de uma vigilância particular sobre todo o seu comportamento. Nisto consiste, portanto, a virtude da temperança, da sobriedade"





"(...) Penso também que esta virtude exige de cada um de nós uma humildade específica com relação aos dons que Deus pôs na nossa natureza humana. Eu diria que há uma humildade de corpo e uma humildade de coração"

"(...) Por outro lado, não é precisamente o corpo que sofre prejuízos sensíveis e, não raro, graves para a saúde, se falta ao homem a virtude da temperança, da sobriedade?


As estatísticas e as fichas médicas de todos os hospitais do mundo poderiam dizer muito a esse respeito(...)entretanto, há provas abundantes de que a falta da virtude da temperança prejudica a saúde".






terça-feira, 7 de junho de 2011

A loucura da Eucarístia

“Esforcemo-nos por entender (…) a loucura divina deste Deus nosso que se nos entrega e que nos exige uma correspondência sem ambiguidades”



D. Álvaro dell Portillo, Bispo.

Carta Pastoral Junho de 1993

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Não têm necessidade de ir

Quando, em S.Mateus capítulo 14, 16, os discípulos lhe disseram que a multidão ao seu redor estava com fome e que, por isso, deviam ir às aldeias mais próximas comprar algo para comer, Jesus responde "Não têm necessidade de ir"

Quando Jesus está na casa de Betânia, com Maria, Marta e Lázaro também diz que não há necessidade de andar atarefado numa azáfama exterior, sem cuidar as coisas do Alto.

No nosso dia a dia, colocamos compromissos à frente dos tempos de oração e de piedade. Mas, esses tempos dedicados a Deus, se forem bem aproveitados, valem o "cem por um". Deus retribuí essa nossa generosidade com uma generosidade ainda maior.

Por isso, não há necessidade !

sexta-feira, 3 de junho de 2011

O valor da castidade

Forte no cumprimento do dever

O caminho do cristão, o de qualquer homem, não é fácil. Certo é que em determinadas épocas parece que tudo se cumpre segundo as nossas previsões; mas isto habitualmente dura pouco. Viver é defrontar dificuldades, sentir no coração alegrias e pesares; e é nesta forja que o homem pode adquirir a fortaleza, a paciência, a magnanimidade e a serenidade.

É forte quem persevera no cumprimento do que entende dever fazer, segundo a sua consciência; quem não mede o valor de uma tarefa exclusivamente pelos benefícios que recebe, mas pelo serviço que presta aos outros. O homem forte às vezes sofre, mas resiste; talvez chore, mas traga as lágrimas. Quando a contradição aumenta, não se curva. (Amigos de Deus, 77)

S. José Maria Escrivá de Balaguer

O Sagrado Coração de Jesus

Neste mês de Junho, a Igreja convida-nos a meditar no Sagrado Coração de Jesus.


E a melhor forma de o fazermos é procurar no Evangelho cenas onde se possa ver como é que o Coração de Jesus agia. Aí veremos que era um coração de carne, igual ao nosso, com a diferença de estar cheio de bondade; também com receios, próprios dos humanos, mas cheio de fé.


Por exemplo, após saber do martírio de S. João Baptista, Jesus mostra-se perturbado. Esse martírio, antecede aquele que será o seu próprio martírio, o martírio de todos os que, querendo seguir a Jesus, deverão também deixar-se levar pelo martírio, no nosso caso, da luta nas pequenas coisas, da caridade e do cumprimento do horário.


Diz S.Mateus 14, 13: "Tendo Jesus ouvido isto, retirou-se dali numa barca para um lugar solitário e afastado"


Quando acontece, no mundo, um acontecimento perturbador, Jesus não continua a sua actividade externa. Não. O Seu Coração fá-lO parar e fá-lO afastar-Se para um lugar isolado certamente para rezar.

Este contraste do seu Coração com o nosso coração que anseia por actividades e compensações externas. Jesus pára e reza.


Depois logo a seguir, nova manifestação do seu Coração:


"Ao sair da barca, viu Jesus uma grande multidão e teve compaixão e curou os seus enfermos" S.Mateus 14,14.


Há casos em que Jesus faz milagres porque vê a fé daqueles que precisam desses milagres. Mas neste último caso, ninguém se Lhe dirigiu especificamente, simplesmente trouxeram esses doentes e Jesus teve compaixão deles.

Nos momentos em que sentimos a nossa fé mais fragilizada e menos operativa ou proactiva, então deixemos que Jesus simplesmente tenha compaixão de nós e nos cure das nossas fraquezas.

E assim, nasce a jaculatória: "Jesus, Filho de David, tende compaixão de mim"


quarta-feira, 1 de junho de 2011

Vinde ó Espírito Santo

Vinde, Espírito Santo

- Vinde, Espírito Santo, e enchei os corações dos vossos fiéis, e acendei neles o fogo do vosso amor.

Enviai, Senhor o vosso Espírito, e tudo será Criado, e renovareis a face da terra.

Ó Deus, que instruistes os vossos fiéis, com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, e gozemos sempre da sua consolação, por Cristo, Senhor nosso, Amém.

O espírito Santo em nós santifica-nos

"(...) o nosso corpo é, em certa medida, a sala de estar de Deus. Quanto mais nos abrimos, dentro de nós, ao Espírito Santo, tanto mail Ele se torna o mestre da nossa vida, tanto mais Ele nos concede os Seus Carismas (...).


Desta forma, crescem em nós, ao invés das obras da carne, os frutos do Espírito (caridade, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e temperança).

YouCat ponto nº120



"(...) Quem Se abandona ao Espírito Santo pode presenciar ainda hoje verdadeiros milagres"




"A maioria das pessoas não faz ideia do que Deus poderia fazer delas se somente elas se colocassem à disposição d'Ele"

Sto Inácio de Loyola

You Cat página 81 (fim do ponto nº 128)


Se "No dia de Pentecostes, o Espirito Santo fez, de medrosos Apóstolos, corajosas testemunhas de Cristo. Num curtíssimo espaço de tempo fizeram-se baptizar milhares de pessoas" (Youcat ponto nº118), o que não fará Ele a cada um de nós, se O deixarmos actuar nas lutas do nosso dia a dia ?


Deus permite a tentação

Todas as almas para adquirirem uma virtude, perderem um vício, defeito ou mau hábito ou para subirem ao monte Carmelo da vida ascética, necessitam passar pela tentação.

Sobre a forma de agir quando surgem as tentações e as tribulações, Jesus diz o seguinte:


"O que recebeu a semente no lugar pedregoso, é aquele que ouve a palavra e logo a recebe com gosto; porém, não tem em si raiz, é inconstante; e quando lhe sobrevém a tribulação e a perseguição por causa da palavra, logo sucumbe"

S.Mt 13, 21

terça-feira, 31 de maio de 2011

A importância da caridade na linguagem usada

Neste excerto do evangelho de S.Mateus 12, 34-37 que, depois, mais tarde, é retomado também nas epístolas, Jesus Cristo chama à atenção para a importância da caridade e da mortificação no uso da língua e que só uma moderação interior permite, depois, que haja também uma moderação de linguagem:





"(...) Porque a boca fala da abundância do coração. O homem bom tira boas coisas do seu tesouro, e o homem mau tira coisas más do seu mau tesouro.


Ora, Eu digo-vos que, de qualquer palavra inútil que tiverem proferido os homens, darão conta dela no dia do juízo.


Porque pelas suas palavras será justificado ou condenado."




E também, mais adiante no Evangelho de S.Mateus 15,11, diz Jesus

Não é aquilo que entra pela boca que mancha o homem, mas aquilo que saí da boca, isso é que torna impuro o homem



Estas palavras de Jesus Cristo são muito duras porque dizem-nos que qualquer má palavra, comentário, crítica ou reacção negativa que nada tenha trazido de útil para Deus ou o próximo será objecto de julgamento no Juízo particular de cada homem.



Por isso, não devemos descuidar a mortificação da língua como se isso fosse algo de menos importância ou que, de vez enquanto, se possa ceder numa crítica, murmuração, maledicência, num comentário deprimente ou verrinoso.




Nada dessas palavras são inocentes, nem o seu efeito em nós e nos outros é inócuo.








Outro aspecto que se pode salientar aqui é o facto de Jesus Cristo ter dito que é do nosso coração que saí tudo de bom e de mau.




Por isso, para viver a caridade há que, primeiro, cuidar os sentimentos e os anseios do coração. E, por isso também, Jesus Cristo, numa outra ocasião refere que o Reino de Deus estará onde está o nosso coração.




Quais são as nossas aspirações ? Que anseios queremos satisfazer ?




Cruz no coração. Coração mortificado. Coração purificado.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

O acesso à Graça de Deus

Para se ter acesso e beneficiar da Graça de Deus, entrando, por isso, no seu Reino, haverá que ser humildade e "pequenino"




Como diz o próprio Jesus Cristo




"(...) porque ocultaste estas coisas aos Sábios (isto é, àqueles que pensam que sabem tudo, que pensam que são auto-suficientes e que, por isso, não precisam de Deus para nada) e aos prudentes (isto é, àqueles que actuam com calculismo, com segundas intenções e com excessivo receio de se darem aos outros) e as revelaste aos pequeninos (...)" S.Mateus 11, 25-26.




Esta atitude de ser "pequenino" pode ser atestada, em particular, nos comportamentos do Centurião que pede a cura do servo, a hemorroíssa.


Estes são comportamentos de quem se sente indigno, pequeno, ao ponto de não querer que o Mestre se desloque a sua casa para não o importunar, pequeno, ao ponto de considerar que bastaria tocar no manto do Senhor para se curar, pequeno, porque em ambas as situações há um acreditar, sem hesitações, acompanhado de uma esperança que é mais do que uma esperança, é uma certeza de cura.



Fé, infância espiritual e humildade andam, pois, de mãos dadas.


Senhor, eu creio, mas aumenta a minha fé!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

A cana ao vento e os esforçados

Quando em S.Mateus, capítulo 11, versículos 7 a 15, Jesus Cristo se refere a S.João Baptista diz duas coisas muito importantes:

1º) Que S.João Baptista não é uma "cana agitada pelo vento", isto é, alguém que não é livre porque se deixa condicionar pelos estímulos do mundo, a concupiscência da carne, a soberba de vida e a concupiscência dos olhos, isto é, os pecados capitais.

Em cada dia não podemos ser como a "cana agitada pelo vento", como filhos de Deus temos que ser os donos do nosso tempo, adiando afazeres ou lazeres que, naquele momento, não sejam prioritários em face do que Deus nos pede.

2º) Que Que "o reino dos céus sofre uma forte oposição, e são os esforçados (em algumas traduções, refere-se "os violentos") que o conquistam" MT7,12
Sem um verdadeiro esforço não se avança e seremos, também, outra "cana agitada ao vento.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Oração da grávida a Deus

CONSAGRAÇÃO

Senhor, meu Deus, creio no vosso amor de Pai, Criador e Redentor!
Creio que Vós nos criastes e formastes com amor desde seio materno,
concedendo-nos o dom de gerar outras vidas para serem vossos filhos!
Creio que, apesar de sermos pecadores, nos amastes e buscastes para nos salvar, dando-nos o vosso Filho Único que nos remiu com o seu Sangue, derramado na Cruz!
E porque creio, confio em Vós, meu Pai, meu Criador e Redentor, e vos desejo confiar esta vida que estou a gerar no meu seio, sob o influxo da vossa acção criadora. Quero consagrá-la e confiá-la ao vosso amor de Pai, pelas Mãos de Maria Santíssima!
A seu exemplo, eu …………. (nome da mãe) entrego este filho para que o protejais, defendais e me ajudeis a amá-lo perfeitamente, para que ele se possa formar e crescer em estatura e graça, como vosso Filho Jesus!
Maria, minha Mãe do Céu, Vós que gerastes e destes à luz, pela acção do Espírito Santo, vosso Filho, Jesus Cristo, velai pelo meu como se fosse vosso e ensinai-me a amá-lo como vós amastes o filho de Deus. Ensinai-me a aceitar em tudo a vontade do Pai, agora na terra como no Céu, e a confiar no seu poder Misericordioso. Amén!

Quero Misericórdia e não sacrifício

A propósito da citação que Jesus Cristo faz de Oseias 6,6 "Quero Misericórdia e não sacríficio", em Mateus 9, 13, encontrei aqui isto:


Mefibosete, aleijado de ambos os pés, filho de Jônatas, remanescente da casa de Saul. Morava em Lo-Debar, que quer dizer terra sem pasto, e sua vida era de sofrimento até o momento em que foi chamado à presença do rei Davi. Isto aconteceu porque ao lembrar-se de sua aliança com seu amigo Jônatas, o rei Davi quis usar de misericórdia com aquele descendente que sobrara da linhagem de Saul. Sendo assim, segundo as ordens de Davi, foram restituídas as terras de Saul a Mefibosete e este passou a comer na mesa do rei como se fosse um dos filhos do rei.

Essa passagem descrita em 2 Samuel 9, diz no versículo 8 que Mefibosete não se sentia digno de tamanha bondade que lhe oferecera Davi, pois se considerava como um cão morto.

Muito parecido é o que Deus faz em nossas vidas. Ele tira-nos de uma terra árida e nos coloca para banquetearmos com Ele em Sua presença, mesmo nós não merecendo. Isso se chama misericórdia.

Misericórdia pode ser entendida como compaixão, bondade ou perdão.

A misericórdia de Deus se manifesta em nossas vidas de várias formas (...) quando nossos pecados são lançados no mar do esquecimento porque fomos perdoados. Recebemos misericórdia de Deus imerecidamente.

Deus requer também de nós misericórdia, que nesse caso pode ser entendida como obediência e um coração quebrantado e verdadeiro diante de Deus.

Sacrifícios eram feitos perante Deus para a remissão de pecados, mas eles nunca acabavam porque os pecados nunca deixavam de ser cometidos. Sacrifício quer dizer oferecer algo valioso a Deus, e por isso se tornava aceitável diante d’Ele. Mas ainda sim Deus diz em Oséias 6:6 “Misericórdia quero, e não sacrifício”. Ou seja, Deus prefere a misericórdia. Isso porque o sacrifício nem sempre era de todo coração e verdadeiro. E Deus ama a verdade.

A partir do momento em que o maior sacrifício foi feito por Jesus em favor da remissão de nossos pecados, não foi mais preciso nenhum sacrifício. Se para a remissão de pecados do povo de Israel era necessário que o sumo sacerdote entrasse a oferecer sacrifícios uma vez ao ano, com o sacrifício vivo de Jesus isso já se tornou aceitável diante de Deus somente uma vez. Ou seja, não há mais sacrifícios a serem feitos. Que coisa maravilhosa!

O sacrifício que Deus quer de nós hoje é simplesmente sacrifícios de louvor e o negar-se a si mesmo, ou seja, a própria carne.

Esse sacrifício não pode ser entendido como um sofrimento ou um peso porque Deus não nos dá nada a mais que não possamos suportar: “Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” (Mateus 11:30).

domingo, 22 de maio de 2011

Regina Coeli




V.: Rainha do céu, alegrai-vos! Aleluia!
R.: Porque quem merecestes trazer em vosso seio. Aleluia!
V. :Ressuscitou como disse! Aleluia!
R.: Rogai a Deus por nós! Aleluia!
V.: Exultai e alegrai-Vos, ó Virgem Maria! Aleluia!
R.: Porque o Senhor ressuscitou verdadeiramente! Aleluia.
Conclui-se com a seguinte oração:

V.: Oremos:
Ó Deus, que Vos dignastes alegrar o mundo com a
Ressurreição do Vosso Filho Jesus Cristo, Senhor Nosso,
concedei-nos, Vos suplicamos, que por sua Mãe, a Virgem Maria,
alcancemos as alegrias da vida eterna.
Por Cristo, Senhor Nosso.
R.: Amém!

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Falem mais para os olhos, do que para os ouvidos

"Falem mais para os olhos, do que para os ouvidos"

Beata Madre Clara do Menino Jesus

A virtude humana da pontualidade


A pontualidade é uma forma de mostrar respeito e consideração com o próximo, infelizmente, um hábito não muito comum entre a maioria das pessoas.
A pontualidade é uma virtude de pessoas civilizadas. Ser pontual não é se precipitar, chegando com muito tempo de antecedência no compromisso ou local combinado. Ser pontual é chegar, pelo menos, 15 minutos antes do horário estabelecido.
Por que é necessário estes 15 minutos? Para que você possa relaxar, respirar tranqüilo, olhar-se no espelho e certificar-se sobre a sua aparência pessoal para entrar em cena seguro e confiante

A pontualidade pode ser obtida com controle, auto-disciplina e algumas precauções contra possíveis incidentes com transporte, trânsito, mau tempo etc. É ideal sair de casa sempre com algum tempo de antecedência para, assim, evitar imprevistos.

Ser pontual não é só chegar na empresa no horário habitual. Existe também uma pontualidade no desempenho profissional e, acima de tudo, no dever cumprido. A pontualidade neste caso tem um duplo propósito: tanto do horário estabelecido, quanto da tarefa realizada com sucesso e do comprometimento com o trabalho realizado.

Todo e qualquer atraso gera desconforto e irrita quem espera, principalmente quando ocorrido com freqüência. Os atrasos são uma maneira lesar a empresa

O atrasado é por natureza uma pessoa desagradável e inconveniente

A impontualidade ocasionada por um atraso, como também por uma inconveniência de antecipação em relação ao horário estabelecido, geram constrangimento e aborrecimentos, tanto para o atrasado ou adiantado, quanto para quem espera.

É inadmissível a impontualidade quando se tem horário marcado. Cabe todo o esforço possível e imaginável para que ele seja cumprido e realizado à risca.

A impontualidade na vida afetiva cansa, desgasta, chateia, aborrece, magoa e pode distanciar as pessoas.
A impontualidade na vida social tira o respeito e as oportunidades de momentos de descontração e lazer.
A impontualidade profissional tira o respeito, a confiança e a credibilidade, afetando contratos, assim como a carreira, e ocasionando perdas e danos morais e financeiros tanto para o profissional quanto para a própria Instituição.

Lívio Callado

Fonte: A IMPORTÂNCIA DE SER PONTUAL – Etiqueta Empresarial - Jornal Carreira e Sucesso

O poder da oração

"Pedi, e vos será dado; buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-à. Porque todo aquele que pede, recebe, e quem busca, encontra; e a quem, bate, abrir-se-á.


Qual de vós dará uma pedra a seu filho, quando este lhe pede pão ?


Ou se lhe pedir um peixe dar-lhe-à uma serprente ?


Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o vosso Pai celeste dará coisas boas aos que lhas pedirem"

S.Mateus 7, 7-11

Quem prega mas não pratica acaba no Inferno

Jesus Cristo, de vários modos e em diferentes ocasiões, deixou bem saliente o facto de querer uma religião de obras e não uma religião exclusivamente de beatices e actos formais de adoração:


Em S.Mateus capítulo 5, versículo 23, diz "Portanto se estás para fazer a tua oferta diante do altar e te lembrares ali que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar, e vai reconciliar-te primeiro com o teu irmão, e depois vem fazer a tua oferta".


No mesmo S.Mateus, capítulo 21 a 23, Jesus Cristo vai ainda mais longe e diz que quem, ao longo da vida, andou a dizer "Senhor, Senhor", mas, depois, na vida prática do dia a dia, não cumpriu a Vontade do Pai, irá para o inferno e Deus inclusive dirá "Nunca vos conheci".

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Fazer de cada momento, um momento de eternidade

"Nada do que não é eterno terá valor na eternidade"
C.S.Lewis

Gratidão como resposta ao Amor de Deus

Por tudo o que Deus fez e faz por nós, há que, de forma contínua, agradecer-Lhe.

"A gratidão é o amor reconhecido"

Ponto 59, início Youcat

Jesus dá o exemplo da coerência de vida

"Que o discurso do Amor divino não consiste em palavras vazias demonstra-lo Jesus na cruz, onde Ele entrega a Sua Vida pelos Seus amigos"

Youcat ponto 33, parte final

"Não basta dizer que sim com a cabeça. Os cristão têm de assumir o estilo de vida de Jesus"

Youcat ponto 34, parte final

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Amaí-vos uns aos outros

João, o discípulo amado, autor do último Evangelho, viveu muitos anos no exílio na Ilha de Patmos. Já muito velhinho, a sua casa era uma caverna nas montanhas.

Aos domingos vinham-no buscar e levavam-no em braços até à aldeia para ele pregar na missa dominical.

Para espanto de todos, o seu sermão era sempre o mesmo: «Meus filhos, amai-vos uns aos outros.»

Muitas pessoas se lamentavam de que o pastor fazia sempre o mesmo sermão, mas quando o pregador é São João, o que é que se há-de fazer?

Até que alguém se encheu de coragem, foi ter com São João e perguntou-lhe porque é que ele fazia sempre o mesmo sermão.

Ele respondeu que pregava sempre essa mensagem do novo mandamento, porque Jesus a repetia constantemente enquanto estava com eles.

Homilia do Cardeal Sean O`Malley -13 de Agosto de 2007

Carta Encíclica sobre o Santo Rosários e os seus mistérios

http://www.vatican.va/holy_father/leo_xiii/encyclicals/documents/hf_l-xiii_enc_08091893_laetitiae-sanctae_po.html

quarta-feira, 11 de maio de 2011

A 3ª Tentação de Cristo

Em S.Mateus 4, 8-11, dá-se início à 3ª tentação de Cristo.

Desta vez, o Demónio leva Jesus quase ao Céu. Não O leva ao Céu porque o Demónio a ele não tem acesso, mas leva-o "a um monte muito alto". Portanto, muito alto, quase perto do Céu, mas não é o Céu.
E aí, mostra-lhe todas as maravilhas e atracções da terra que, de facto, são, por vezes, muito apelativas, quase irresistíveis.

E, perante este panorama, como resistir a esse "pequeno céu" que o Demónio nos oferece na terra ?

1º Com a consciência que esse céu é, de facto, pequeno e enganador.
Enquanto que o Céu de Deus se obtém pela dádiva mútua, o "céu da terra" que o Demónio nos oferece e com que nos alicia nas tentações dura pouco, sabe a pouco e, no fim, tem sempre uma factura, um preço a pagar (o homem que traí a esposa por outra mais atraente, acaba em divórcio com sofrimento para ele e os filhos, o homem que burla e recebe dinheiro que não é seu, acaba perseguido pela justiça e por aí adiante).

2º Com a Fé que Cristo manifesta ao proclamar que "Ao Senhor teu Deus adorarás e a Ele só servirás"- Palavras do Antigo Testamento associadas ao 1º mandamento.

No mundo, dizer e preferir a Deus 1º que às coisas mundanas, por vezes, soa a loucura e até a pouca inteligência: trocar algo imediato e bom por algo que é futuro e longínquo ou até, para alguns, incerto.
Também Noé foi apelidado de louco por, em vez de gozar a vida, gastar o seu tempo a construir uma barca gigante.
Os Judeus tinham, por um lado, a noção de que poderiam ser tentados a não adorar e a não servir a Deus e, por isso, recitavam várias vezes ao dia, por devoção, o enunciado do 1º mandamento.

Pedir a Deus que nos livre das tentações, é, pois, também, pedir-lhe a Fé

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